Um fenômeno vem tornando a praia da Barra da Tijuca cada vez mais homogênea - e, consequentemente, a ida à praia muito menos especial.
Instalou-se uma onda de cadeiras e guarda-sóis de quiosques impressionante. Cada barraquinha tem sua parafernalha devidamente separada e identificada. Quando o grupo chega, é só pedir tudo no local e pronto! Além do conforto e da sombra, o quiosque oferece atendimento na areia para aquelas pessoas.
Esta prática gerou uma invasão de guarda-sóis e cadeiras iguais e sem graças ao longo da praia. Você anda, anda, anda e só vê aquelas coisas com a mesma cara. Cadê aquela profusão de cores que existia antes? Cadê as cadeirinhas descombinando uma das outras, aquela coisa meio kitsch de guarda-sol de um jeito, cadeira de outro, canga destoando de tudo?
Literalmente falando, ir à praia tornou-se monocromático. Pra onde se olha, lá estão o guarda-sol e as cadeiras amarelas com aquela setinha meio grená em formato de círculo. Com isso, também perdeu-se aquela coisa de acordar mega cedo para pegar todos os apetrechos, botar tudo no porta-malas do carro e, já com o veículo estacionado, dividir toda aquela tralha entre a família, cada um abraçando cadeiras, guarda-sol, pazinhas e baldinhos.
Aliás, pra onde foram os baldinhos e as pazinhas? De todas as crianças na praia, nenhuma estava munida. Como iriam fazer os castelinhos de areia? Os buracos? Procurar tatuí?
A Barra da Tijuca anda perdendo suas cores.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Os guarda-sóis da Barra
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 16:02
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