quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O eterno vice

Não é a declaração que vai mudar o rumo do mundial de 2009 - a primeira etapa é neste final de semana, mas a declaração de Dani Sordo, publicada ontem no Tazio ("Loeb é sempre favorito, ele ganhou cinco títulos e mais de quarenta ralis. Se ele não estivesse aí, eu já teria ganhado quatro ou cinco ralis"), revela um certo aborrecimento pela sua condição de fiel escudeiro do pentacampeão.

A Citroën fez, no mínimo, três dobradinhas na temporada passada, sempre na ordem Loeb/Elena e Sordo/Martí. Nessas três vezes, os espanhóis ficaram a 17.5 segundos na Nova Zelândia, 47.7 na Alemanha e 24.9 na Espanha. Tempos não tão baixos, mas talvez uma análise mais detalhada dos tempos de cada especial - farei isso quando chegar em casa - possa trazer algumas surpresas - apenas uma suposição.

Nessas três vezes, as declarações de Sordo eram sempre na base do "estou muito feliz por ter contribuído com a Citroën"ou coisas do gênero. Quando levou a prata em casa, disse que "a adorar ganhar esse evento um dia, mas estou feliz com o resultado de hoje".

São claros os motivos para que o time de Oliver Qesnel tenha sempre Loeb e Elena como primeira dupla, mas isso acabou relegando Sordo e Martí como os eternos vice. Os dois semre tiveram que se contentar com a alegria da prata - o segundo é o primeiro dos últimos - e com a ajuda que davam aos companheiros. Não é de se admirar que surja um certo ressentimento para com a dupla franco-monegasca.

No mesmo texto, Dani afirma que "Estar junto a ele me motiva muitíssimo, já que, no dia em que eu derrotá-lo, a recompensa será melhor. Mas creio que [Mikko] Hirvonen, [Jari-Matti] Latvala e eu mesmo não vamos facilitar as coisas para ele". O espanhol enxerga Loeb como o homem a ser batido, e com razão, mas resta saber se ele estará livre para concorrer com Sebastien ou se lhe restará, novamente, o papel de colaborador para os títulos da equipe.

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