De nove segundos para quase onze minutos. Convenhamos, para quem estava com o segundo colocado praticamente colado, a vantagem que Carlos Sainz e Michel Perin conquistaram com o primeiro lugar nesta etapa deixou-os mais ou menos confortáveis. Mais ou menos porque, apesar de ser um grande avanço, não é muito difícil perder essa vantagem: um pneu furado, um erro de navegação lá se vão os preciosos minutos. Para a Volkswagen, não seria um problema: a dupla perderia a posição para Giniel De Villiers e Dirk Von Zitzewitz, também da montadora alemã. E, para garantir, Mark Miller e Ralph Pitchford estão na terceira colocação - 18min05 de Sainz e Perin, uma distância também não muito grande.
Mas vencer um Dakar nunca é uma vitória qualquer. É o prêmio máximo no rally Cross-Country, é a possibilidade de serem novos ícones para o rally mundial - como Ari Vatanen, Stephane Peterhansel ou Jean-Louis Schelesser, só para citar alguns pilotos que admiro.
No caso de Sainz, ele seria o primeiro piloto espanhol a vencer o Dakar entre os carros. Também seria o terceiro piloto a vencer tanto o WRC quanto a maior prova do mundo - por enquanto, apenas Juha Kankkunen e Vatanen alcançaram esse feito. De quebra, seu navegador, Michel Perin, seria tetra-campeão da prova - venceu em 1994, 1995 e 1996, com Pierre Lartigue.
Os outros dois também têm suas marcas a bater: em ambos os casos, seriam os primeiros de seus países a vencer o rally, assim como Sainz. Além disso, outro fato importante: seria a primeira vitória da Volkswagen.
Para a marca, contanto que Nani Roma e Cruz Senra não consigam, milagrosamente, a primeira posição, não importa muito que dupla leva o caneco. Cada uma delas, porém, dará seu máximo nas últimas etapas para alcançar esse feito, único em todos os casos.
(E os brasileiros? E os brasileiros? Em um dia sem problemas - hurra! -, Pichini e Roldan conquistaram o 67ª lugar, 1h36min17. Já Jean e Youssef tiveram um dia totalmente atípico. O câmbio da Pajero da dupla quebrou e eles tiveram que ficar esperando André Azevedo chegar para rebocá-los. Falando em André, e os caminhões, hein? E os quadris? Nas motos de quatro rodas - provavelmente algumas pessoas me matariam por escrever isso -, com Declerck e Gonzalez fora, o caminho ficou aberto para Machacek, que está a 2h30min23 do segundo colocado, Patronelli. Nos caminhões, que tiveram o percurso encurtado, De Rooy teve sua 3ª vitória. Na liderança, Kabirov, Chagin bem próximo, a 5min42.)
domingo, 11 de janeiro de 2009
Nas outras rodas
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 23:13
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