quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Bye bye, Groholm!

Não, caros! Nenhum outro mega piloto de rally morreu (graças a Deus)!

O que acontece é que no começo desse mês foi anunciado que Marcus Groholm vai se aposentar ao final dessa temporada.

Nunca gostei muito do Gorholm, sempre o achei extremamente rabugento. Podia ser bi-campeão, mas um bi-campeão eternamente rabugento. Na etapa da Noruega, escorria mau humor (ok...quando você, bi-campeão, vê um garoto te dar um banho com certeza não fica saltitando por ai).

Por outro lado, foi nessa mesma etapa que ele deu uma das melhores respostas que já vi na minha vida. Ao ser indagado do porquê não ter passado Hirvonen, ele respondeu algo como "Porque não consegui". O jornalista ainda perguntou "But, why?". Groholm, com toda sua classe, falou que era óbvio que Hirvonen era o primeiro porque estava mais rápido, ou algo bem parecido. O pobre repórter calou-se diante da resposta. E eu sorri por dentro, nem um pouco solidária com meu colega de profissão.

O que importa disso tudo é que, ao ler o que Marcus dizia, pelo primeira vez senti simpatia pelo finlandês. "Foi uma decisão muito difícil de tomar. 'Rallying' (poderia traduzir como "fazer rally", mas tomei simpatia por esse verbo) tem sido minha vida por muitos anos, e quando o Rally de Monte Carlo chegar em janeiro iniciando a próxima temporada vai ser estranho não estar lá."

Não duvido que essa tenha sido uma das decisões mais difíceis na vida de Groholm. Deixar um esporte a qual se dedicou tanto tempo - 20 anos, no caso dele - deve ser no mínimo doloroso. Ele completa falando que "isso vai permitir que eu passe mais tempo com minha esposa e meus três filhos. Eles me apoiaram durante toda minha carreira e eu gostaria de agradecê-lo por isso. Eu não poderia ter alcançado tudo que eu tenho sem o encorajamento deles."

Sim, porque ser família de piloto de rally é dar total apoio, agüentar os dias/semanas em que o competidor está longe de casa, dividir vitórias e derrotas, ter consciência de que essa é a vida dele, é isso que ele ama fazer. Resumidamente falando, é isso.

Porém, o que me chamou mais a atenção é que ele considera a hora certa de parar. "Eu queria parar enquanto ainda estivesse rápido para ganhar rallys." Com certeza uma sábia decisão, digna de um piloto do nível de Marcus Groholm.

E é por causa de tudo isso que vou, ao menos uma vez, torcer para que o finlandês leve o título, esse último título. No momento não importa quão rabugento ele seja. Apenas por ser Marcus Groholm, ele merece.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Brasília é do Alemão!

Alguns considerariam o título do post tietagem demais. Mas o que Ingo Hoffmann fez em Brasília, só isso pode ser dito.

Ingão saiu na 24ª posição; chegou em segundo lugar. Isso não é pra qualquer um! Com isso o Alemão se classificou para o playoff. Os outros nove pilotos são:

Cacá Bueno
Ricardo Maurício
Thiago Camilo
Marcos Gomes
Valdeno Brito
Daniel Serra
Hoover Orsi
Felipe Maluhy
Rodrigo Sperafico

Ainda na largada Ingo perdeu algumas posições, mas na volta 12 já era o 15º . "No final, estava no limite quando houve o toque com o Hoover. Estávamos lado a lado, mas meu chefe de equipe pediu para eu tirar o pé. O Hoover precisava desse resultado", disse Ingo.

A próxima etapa acontece dia 14 de outubro, em Buenos Aires.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Imaginem

Vou deixar aqui uma música que me marcou muito quando era mais nova, principalmente os últimos versos da segunda estrofe. Pra mim, naquela época, eram palavras que diziam tudo.

Imaginem - Toquinho

Imaginem todos vocês
Se o mundo inteiro vivesse em paz
A natureza talvez
Não fosse destruída jamais

Russo, cowboy e chinês
Num só país sem fronteiras
Armas de fogo, seria tão bom
Se fossem feitas de isopor
E aqueles mísseis de mil megatons
Fossem bombons de licor

Flores colorindo a terra
Toda verdejante, sem guerra
Nem um seria tão rico
Nem outro tão pobrinho
Todos num caminho só

Rios e mares limpinhos
Com peixes, baleias, golfinhos
Faríamos as usinas nucleares
Virarem pão-de-ló

Imaginem todos vocês
Um mundo bom que um beatle sonhou
Peçam a quem fala Inglês
Versão da canção que John Lennon cantou

Mais uma amarelada

Existem notícias que seriam extremamente chocantes se não tivessem tornado-se tragicamente cotidianas. Desvio de dinheiro público, merdas que Bushinho fala e faz. Só para citar alguns exemplos.

Decidi incluir nesse grupo a construção duvidosa da linha amarela de metrô em São Paulo. Fiquei sabendo hoje que dois túneis que deveriam se encontrar (um vindo do Morumbi, o outro do Butantã) apresentaram 80 cm de desalinhamento. Como, meu Santo Deus, isso pode acontecer? Não sou nenhuma técnica em engenharia, mas tenho certeza de que existem recursos que servem exatamente para impedir que coisas como essas aconteçam!

Não podemos esquecer que foi nessa mesma construção que, em janeiro desse ano, abriu-se uma cratera que deixou sete mortos. Sem falar no buraco aberto mês passado ns rua Pinheiros, também relacionado à obra. Espero que o Consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez) comecem a levar um pouco mais a sério as obras dessa linha.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

McRash

Quando li a notícia, não sei o que me deixou mais chocada: se era o fato de Colin McRae ter morrido ou como ele havia morrido.

Pois é. Colin McRae, 39, campeão do WRC em 1995, morreu no sábado, dia 15, em um acidente de helicóptero. Junto estavamo seu filho Johnny, de cinco anos, Graeme Duncan, 37, amigo da família e Ben Porcelli, 6, amigo de Johnny.

Mas, apesar de ele ser campeão do WRC, não é isso que me faz lembrar dele. McRae protagonizou um dos acidentes mais impressionantes que já vi na minha vida, e o que me levou a aderir ao nome McRash. Foi em um Paris Dakar recente, não lembro bem o ano. O cara capotou o Nissan umas dez vezes seguidas e saiu inteiro!! (Não consegui achar o vídeo no YouTube)

Esse ano ele correria no Dakar com uma BMW X5, na mesma equipe que Palmeirinha. Sem dúvida alguma essa é mais uma grande perda para o rally.

Rest in Peace, Colin McRae


(Como disse quase que sabiamente alguém - sim, pois o cara incluiu Ari Vatanen nessa, que está vivinho da silva - esteja onde estiver, é certo que Colin já está armando um corridnha com Richard Burns!)

Mais um ano de vida!

Ontem, 17 de setembro, foi aniversário de um dos grandes nomes do rally brasileiro. Há 49 anos atrás nascia Lourival Roldan. Na época ele ainda não sabia o que estaria por vir.

O tempo foi passando, passando, até chegar em 1985, com o primeiro rally. Assim começou sua carreira. Em 96, foi campeão brasileiro de rally de velocidade com o Reinaldo Varela. Lá pelos anos 2000, foi convidado a participar do rally dos Sertões com Klever Kolberg. Depois ganhou a Copa Baja Brasil, foi Vice-campeão brasileiro de Cross Country, vice do Sertões. Paralelamente, organizava as provas do Mitsubishi MotorSports.

Em 2003 correu seu primeiro Paris-Dakar, ao lado do Klever (naquele ano o rally saiu de Marselha, França, e chegou em Sharm El Sheik, no Egito). Nesse ano a Equipe Petrobras Lubrax conseguia pódio nas três categorias! (Quem não se lembra do Jean Azevedo chegar em 5º na geral?)

E passou-se 2004, 2005 até que em 2006 Lourival saiu da equipe e ingressou na Mitsubishi Racing, ao lado de Ingo Hoffmann (aliás, foi o primeiro rally de Ingo foi com Roldan, em 2004, em uma Mitsubishi Cup em Campinas).

Nesse ano, correu seu quarto Dakar ao lado de Riamburgo Ximenes. Também ganhou o prêmio Goodyear de rally. Foram mais dois troféus para a coleção! Paralelamente ao Cross Country Lourival é diretor de prova do Mitsubishi MotorSports, o maior rally monomarca do Brasil.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Chamem a D. Morte!

Sobre o Senado? Morreu hoje, vocês não sabiam? A portas fechadas, com voto secreto, olhando para o próprio umbigo.

Espero que nenhum grego veja o significado de democracia aqui no Brasil.

Malha, Lula!


Não, meus caros. Não tenho muita simpatia pelo presidente russo Vladimir Putin. Também não pretendo criar uma campanha contra o Lula ou algo do gênero. O negócio é o seguinte: Há algum tempo atrás foram publicadas no site do Kremilin algumas fotos das férias do presidente russo na Sibéria. Como se vê na foto acima, aos 54 anos de idade Putin exibe um corpo de dar inveja a muita gente.

E então vemos o presidente Lula (na verdade, apenas imaginamos, porque não consegui achar a foto ideal para colocar aqui). Aos 62 anos, ele não é um grande exemplo de corpo sarado. A minha proposta é essa: criaremos um movimento chamado "Malha, Lula!" para incentivar o presidente a fazer mais exercícios e, desse modo, conquistar um físico à la Vladimir Putin. Ainda não sei como procederemos para desenvolver mais o projeto, mas já temos sua pedra fundamental. Malha, Lula!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Fora do ar

Bom, galera... a FOM mandou o Daily Motion tirar as cenas da ultrapassagem de Hamilton sobre Raikkonen do ar (para quem não viu, era o link do post abaixo). Para quem não viu, sinto muito. Acontece, né? (e bastante!)

domingo, 9 de setembro de 2007

E a fórmula 1?

Já havia me esquecido da fórmula 1 hoje. Como disse um amigo meu, é muito mais legal assistir ao filme de espionagem na categoria às corridas em si.

Em Monza não foi diferente. Quem salvou mais uma manhã entediante de domingo foi Lewis Hamilton. Acho que imagens falam mais do que palavras.

Só acaba quando termina

Não sou a maior conhecedora de IRL. Mas a corrida desse domingo é impossível não comentar.

Na sexta, Fábio Seixas, em sua coluna semanal na Folha, falava sobre o ano de Dario Franchitti. No começo, o escocês parecia caminhar para a vitória do campeonato. De uns meses para cá, achou que tinha asas. Foi para a corrida de Chicago com uma vantagem mínima em cima de Scott Dixon. Essa era a grande decisão.

O ponto que quero comentar aqui é o finalzinho da prova, não só porque assisti à corrida aos pedaços, mas porque esse foi o ponto decisivo.

A cinco voltas do final, Danica Patrick roda na entrada dos boxes. Bandeira amarela. (Pequena pausa para vocês imaginarem a piloto gritando, socando tudo, quase pulando do carro para empurrá-lo). Dixon estava na liderança, Franchitti em segundo. O neozelandês estava a algumas poucas voltas de ganhar o campeonato.

Bandeira verde a duas ou três voltas do final. E Dixon estava pronto para faturar o prêmio.

Penúltima curva... careras son careras, como dizia Fangio. E eis que nesse momento o combustível de Scott Dixon acaba, Franchitti leva a primeira posição, a vitória, o campeonato.

Pois é. A corrida só acaba quando termina.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Para inglês ver

Sei que já vai quase um mês da chegada do Rally dos Sertões. Mas, atrasada ou não, dou parabéns para:

- Zé Hélio, que deixou todos aqueles gringos comendo poeira;
- Maurício Neves e Clécio Maestrelli, que fizeram uma prova perfeita;
- Maurício Ramos, que desbancou os dois mega campeões de quadriciclo no Brasil;
- Edu Piano, que deicidiu que ser campeão só nos carros não tinha graça (e, claro, parabéns ao Solon Mendes e ao Davi Fonseca).

Nesse rally todo existe uma coisa que me deixou bem P da vida. Na verdade, foi por causa disso que resolvi fazer esse post (afinal, já se passou quase um mês que o rally acabou, não fazia sentido falar sobre ele agora).

Estava lendo uma matéria publicada sobre o rally Por Las Pampas e dos acidentes ocorridos na prova. A certa altura, me deparo com o seguinte parágrafo: "Diferente do Rali dos Sertões, no Brasil (...), as etapas do Por Las Pampas são realizadas com tráfego normal nas estradas. No Sertões, todo o trecho é interditado pela organização para garantir a segurança de competidores e moradores locais."

Não podia deixar de lembrar aqui nesse blog que no artigo 17.1 do regulamento particular do Rally dos Sertões está escrito o seguinte: "Os trechos especiais poderão, em qualquer momento, estar abertos ao trânsito local". Lembro-me que topei com essa frase indo para Goiânia, quando estava dando uma olhada no regulamento da prova. Infelizmente o Rally dos Sertões não é tão seguro quanto parece. Não interessa que vira e mexe se compare o Sertões com o Rally Paris Dakar, e que lá as especiais não são fechadas.Pelo amor de Deus, estamos falando de um rally que ocorre no meio do deserto do Saara, e não de um que utiliza estradas de terra fechadas. É uma pena mesmo que essa segurança não é mais tão garantida.