quinta-feira, 31 de julho de 2008

Música e Fórmula 1

A idéia surgiu de um papo com com Andrei sobre uma banda australiana, natural de Melbourne. A história era que, se fosse para a cidade que sedia uma etapa da Fórmula 1, meu companheiro jornalista já poderia se dirigir a um karaokê e cantar o hit local.

Eis que veio a luz: por que não juntar Fórmula 1 e música?

A partir de hoje, então, sempre antes de um GP colocarei - na medida do possível - algumas informações sobre um cantor local.

Achar um hit húngaro foi difícil. As informações só vinham na língua local e, oh!, ainda não iniciei minhas aulas.

Fiquei entre três personalidades: Attila Barany, Andrea Gerak e Erika Náray.

Do primeiro, nada.

Andrea (ou Gerak Andrea, como bem me ensinou Chico Buarque) tem seu próprio website - em inglês! - que a descreve como "a enigmática voz feminina húngara". Gerak dá grande atenção a canções étnicas e canta muito folk húngaro. Sua voz realmente é muito bonita, mas bem diferente do que estou acostumada.

Erika nem se encaixa totalmente nessa "sessão". Pelo que pude entender, ela é uma sensação no meio teatral, uma espécie de Sara Sarres húngara. Entre outro trabalhos, encenou Romeu e Julieta e A Bela e a Fera. Também dublou Dana Scully, de Arquivo X e Janice - Oh...my...God!! -, de Friends. Deixo aqui para vocês o motivo dela parecer aqui: sua interpretação de New York, New York.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Quer que eu segure?

Existe uma frase algumas vezes usada nos ônibus da vida que, implicitamente, pergunta: "quer que eu reserve esse lugar pra você?"

No quadro, um ônibus lotado, uma pessoa sentada e uma de pé, várias coisas na mão, do lado da que está no banco. O indivíduo no assento então pergunta: quer que eu segure?

Pronto! Com esse simples gesto de gentileza ele automaticamente está dizendo "quando eu sair você vai sentar aqui, tá?" - não que o ser em pé não fosse se jogar em seu lugar assim que você lenvantasse, mas quando alguém está lá, segurando suas coisinhas no colo enquanto aprecia uma agradável viagem de ônibus, é como se aquele assento te pertencesse.

Não concorda? Então observe se, da próxima vez que alguém se oferecer pra segurar suas coisas, assim que ela fizer menção de sair você não vai se sentir mais no direito de sentar ali do que os outros.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Das coisas que eu queria fazer

Ouvindo The Cult agora a pouco, um pensamento - triste, de certo modo - passou pela minha cabeça: como eu queria saber tocar guitarra!

domingo, 27 de julho de 2008

Infância perdida

Minha irmã vem me perguntar se sei o nome dos dedos da mão. Automaticamente pensei na música da Eliana - mais uma situação em que recorro às canções da infância...

"Mínimo, anular, médio, indicador e polegar", disse, com um certo orgulho transparecendo em minha voz.

"Como você sabe disso?" "A música da Eliana, oras!" "Que música?"

Aquela pergunta chocou-se em minha cabeça - acho que fiquei até um pouco tonta depois. Como assim que música?

Sem hesitar, comecei a cantar. E se vocês também aprenderam o nome dos dedos com essa música, me acompanhem!

Dedinhos - Eliana

Polegares, polegares
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Indicadores, indicadores
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Dedos médios, dedos médios
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Anulares, anulares
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Dedos mínimos, dedos mínimos
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Todos os dedos, todos os dedos
Onde estão
Aqui estão
Eles se saúdam
Eles se saúdam
E se vão
E se vão

Nada de celular

O dia ontem foi punk.

Acordei cedo, encontrei o Pandini às nove, fomos para Interlagos. Saímos de lá umas seis/sete e pouco e parti para a segunda etapa do dia: a festa de formatura de um mega amigo meu. Confesso que fiquei pensando: "putz, tô mega cansada e vou dormir tarde pra cacete. Vou ou não vou?" Fui.

Vestido longo, aparência aceitável. Cheguei à festa umas dez e meia. Liguei pro pessoal, "cadê vocês?", "encontra a gente no salão".

Petiscos, jantar, duas caipirinhas de sakê, um pouco de dança depois, valsa. Ficamos perto do salão para acompanhar a entrada dos formandos. Quando nosso amigo entrou, sugeri que voltássemos para a mesa. Caramba, são 400 alunos, afinal!

Sentamos. Eis que dei conta de uma coisa: onde estava minha bolsa. Minha bolsinha preta com minha carteira da Betty Boop. E, o que me deixou mais puta da vida, meu celular. Meu celular é uma parte importante da minha vida. O Marquinhus até brincou comigo que ele não era uma extensão minha. Mas eu acho que a coisa não funciona muito por aí...

Várias coisinhas aconteceram antes.

Primeiro, nunca levo minha carteira inteira para festas. Normalmente coloco o RG, dinheiro e pronto. Dessa vez, não.

Ia levar minha câmera. Quase coloquei-a na bolsa, mas decidi deixá-la em casa.

Quando cheguei na festa, pensei seriamente em deixar minhas coisas na chapelaria. Mas e meu celular? Merda de celular...

E foi. Foi meu celular, foi minha carteira, foi minha bolsa.

Cansada, com o ânimo já lá embaixo, fiquei ainda mais borocochô. Coube ao senhor Marcus quase me arrastar da cadeira para o bar e do bar para a pista.

Ai, ai...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mil Desculpas (novamente...)

Cinco dias sem postar. Antes, uns três. Antes disso, mais uma semana. E, pelo que posso obversar, o blog ainda tem uma boa audiência. A todos vocês, mil desculpas pela falta de postagem e um muito obrigada por continuarem entrando nesse blog quase abandonado.

Dentre as várias coisitas que tenho para contar, devo dizer que hoje tive uma das experiências mais insanas da minha vida.

Como vocês não sabem, fui trabalhar na Porsche GT3 Cup. É uma coisa fantástica. Imagine tendas, sofás, tudo ali no meio do pitlane. Nos boxes, mesas e cadeiras para o almoço. Único.

Em certo momento, um capacete foi para em minhas mãos. Minha missão era sentar num banco de passageiro de um Porsche e dar umas voltas em Interlagos. Ok.

Eu não tinha noção do negócio. Não tinha A MÍNIMA noção de como era. Dei umas quatro voltas no circuito e saí do carro enjoada. A primeira desde que eu era pequenininha. O negócio é totalmente diferente do que estou acostumada.

A primeira coisa que pensei quando pisei pra fora do carro foi "agora eu entendi!".

Criada no meio da poeira como fui, a tocada de carros de rally sempre me deixou a vontade. Já sentei ao lado de Riamburgo Ximenes, Tino Vinna e Klever Kolberg. Estive a bordo de uma Evo, já senti o carro pendular e percorri as dunas de Natal.

Mas na pista - constatação mais do que óbvia -, a coisa é totalmente diferente. O Ingo certa vez falou que a única coisa de semelhante era que tanto na pista quanto na terra, o veículo tinha quatro rodas e um volante. As freadas antes de cada curva, cacete! Nunca no rally isso ia acontecer! As próprias curvas são feitas de maneira completamente diferente!

Como já disse, tudo isso é óbvio. Mas você entrar em um carro e falar "cara, saquei o negócio!" é surreal. Passei a imaginar como a coisa seria se o autódromo inteiro fosse feito de terra. Ia ser no mínimo divertido.

Aliás, queria deixar aqui um muito obrigada pro Pandini e pro Mattar, que me proporcionaram uma tarde divertidíssima e cheia de histórias do automobilismo!

domingo, 20 de julho de 2008

E o dia foi de Nelsinho

Ninguém acreditava, tenho certeza. Eu, pelo menos, não. Mas lá estava ele, Nelson Ângelo Piquet, o Piquetzinho, Piquet Jr., o Nelsinho, liderando a prova. Algumas nuvens pretas pairavam sobre Hockenheim, em São Paulo fazia um dia bonito. E lá estava o mocinho, liderando o GP da Alemanha.

GP da Alemanha que teve dois momentos.

A primeira parte foi monótona. Chata.

E aí Timo Glock bateu. Bateu forte, ficou tonto, grogue mesmo.

A galera entrou para abastecer em massa. Ficaram Nelsinho, Heidfeld e Lewis. Os últimos dois precisavam reabastecer. Nelsinho, não; o mocinho havia parado segundos antes da panca.

Ainda perdeu a liderança para Hamilton, que tem mais carro. Mas o segundo lugar foi uma injeção de ânimo - e um cala-a-boca em Alonso, creio.

Coulthard - faltam oito provas, gente! - fez mais uma vítima, é claro. O escolhido de hoje foi Rubens Barrichello, que disse adeus à prova; David continuou na corrida, espalhando medo em todo o resto do pelotão.

No campeonato, Hamilton lidera com 3 pontos de vantagem para Massa - que ficou em terceiro.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pra que, hein?!

Respondam-me com sinceridade:

Pra que jogar Counter Strike se temos os bons e velhos Paciência e Tetris?

(1. sim, eu jogo Paciência pra caramba;
2. eu reencontrei o Tetris no meu computador. Descobri que todos os recordes pertencem a mim. E que eu não consigo bater nem o último deles. Humpf)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Baque

O fato já tinha passado pela minha cabeça. Não agora, mas há alguns anos, quando alguma outra coisa estourou por aí. Mas o que significa um nome?, perguntaria Julieta. E ela mesma diria que a rosa terá o mesmo doce aroma seja qual for o seu nome.

O nome surgiu quando o mundo quase virou de cabeça para baixo. Naquele tempo, talvez a ingenuidade não permitisse a ligação dos fatos. E mesmo quando permitiu, a negação era clara.

"E o que é um Montéquio? Não é mão, nem pé, nem braço, nem rosto, nem qualquer outra parte de um homem".

E quando a relação estava quase que completamente apagada - por fatos que surgiram há nem um mês atrás -, eis que surge o momento do baque. Era? Era.

A pequenice do mundo fica mais latente quando não queremos vê-la.

sábado, 12 de julho de 2008

Fechado para balanço

Julho tá sendo um mês complicado pra postar. Passam os dias e percebo que não tem nada de muito legal pra colocar aqui.

Por isso, resolvi ficar uns dias sem postar pra botar tudo em ordem. Sem comentários sobre a Indy desse fim de semana, então.

Bye, folks!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A fome que passou

Jamie Oliver acabou de encerrar o seu programa - mentira, já faz uns quinze minutos.

Como de praxe, fiquei morrendo de fome, louca para comer batata frita e cheeseburguer (não daqueles do McDonalds, por favor).

Agora surgiu um careca na televisão. Um cara que vai de um ponto a outro do mundo provando as coisas mais exóticas - e, na maioria das vezes, entenda exótica como nojenta. O tema também é comida, mas, sinceramente, perdi a vontade de comer qualquer coisa.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Mil

Esqueci de comentar uma coisa: ontem o Pitacos conquistou a marca de mil acessos!

(Não que essa informação vá mudar o curso do mundo virtual...)

Os caras da Finlândia

Já comentei algumas vezes que a Finlândia é um celeiro de pilotos de rally. Certa vez até escrevi sobre o automobilismo brasileiro e o finlandês. Mas nunca respondi à pergunta: por quê?

Foi Fabrício Migues, jornalista da AutoEsporte e um caçador de poeira quem levantou a bola.

Os motivos que penso são os mesmos que os dele. Primeiro, a relação da Finlândia com o rally é a mesma que a do Brasil com o futebol. Então os gurizinhos já devem ser treinados desde pequenos! Imagino que seja uma grande Erechim, a Finlândia. A criançada lá deve ser um monte de "mini-mim"!

Segundo, lá você pode encontrar um bando de terreno diferente pra andar. Então os caras já sabem andar em tudo, inclusive guiam fodasticamente na neve, que é um dos terrenos mais difíceis!

Daí explica-se um pouco do porquê os finlandeses terem quase 50% dos títulos do WRC - são catorze. E, como bem lembrou Fabrício, conseguir revelar bons pilotos sempre.

Ano passado, por exemplo, Hirvonen estourou, enquanto Gronholm se aposentava ainda brigando pelo campeonato. Neste ano, Latvala já surgiu como grande promessa, sendo que Mikko - que lidera a tabela - ainda inicia o seu auge.

O que me faz pensar: Sebastien Loeb pode estar com os dias de reinado contados.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dois jogos e muitos machucados depois

Meus joelhos reclamam.

Após dois jogos, os coitados já estão pedindo água.

Cobram-me o uso de joelheiras urgentemente. Aliás, eles e todo o time, e toda a família, e todos.

Foram duas vitórias, nenhum gol meu. O que é bastante razoável, já que minha função é exatamente evitar que eles aconteçam - Fábio, já falei que fico devendo.

Mesmo assim, foram três gols. Uma média que considero altíssima, levando em conta que, em 2006, tinha cerca de 0,5 gols por jogo.

Meus joelhos, pobre coitados, são os que mais sofrem. Cada disputa é um machucado novo para a coleção.

Levar gol dói. Dá vontade de pedir desculpa a todo mundo pela burrada - e é o que eu faço. É como se não conseguisse cumprir a única tarefa que me foi imposta. Dói.

Só não dói mais que os meus joelhos.

A terceira posição

Uma professora minha dizia que nunca se consegue analisar a história recente sem uma certa paixão. É diferente de você observar um fato estando distante, sem um envolvimento emocional ou coisas do tipo.

Foi meio assim que me senti em relação ao terceiro lugar do Barrichello.

Quando era mais nova, não perdoava o cara. Pé-de-chinelo, bate-e-quebra, acho que eram esses os nomes mais populares. Xingava o cara até não poder mais - uau, eu já era assim desde novinha, viram só?

Aí a gente cresce - sem piadinhas - e muda um pouco o nosso ponto de vista. Não sei se isso veio por causa dessa distância cronológica, esse observar o fato de longe ou consegui contextualizar a situação do cara na época, comecei a entender mais como o jogo funcionava. Ou os dois.

Pense: um cara ruim - como diziam que Rubens era - dificilmente seria vice-campeão mundial. duas vezes, então...

Mas ninguém pensou muito nisso. Aliás, não pensam até hoje. "Barrichello não pontuou?Novidade...."É essa a mentalidade que se tem.

Não estou falando que hoje vejo em Rubinho um gênio de piloto. Schumacher era gênio. Senna era gênio. Mas o piloto da Honda tem seus méritos. Sua sina foi ter o mocinho alemão ali do lado. Não fosse isso, poderia até, quem sabe?, ser campeão mundial.

E no domingo, subiu ao pódio. Não ficava entre os três primeiros desde a corrida dos EUA, em 2005 - aquele em que apenas seis carros largaram, e que teve Schumacher, Barrichello e Tiago Montero no pódio.

Mal a corrida acabou e todos os louros foram para Ross Brawn. Foi como se Rubens simplesmente tivesse ganho por causa do cara. Ele, o piloto, não teve nada a ver com isso. Mesmo depois de o próprio Brawn ter dito que foi Barrichello quem optou pelos tipos de pneu. Mesmo que se saiba que o cara guia bem na chuva e pronto. Mesmo que a Honda tenha é atrapalhado a vida do moço no segundo pit.

E já que falamos da corrida, uma salva de palmas para os meteorologistas da F-1, que pela primeira vez na temporada acertaram a previsão do tempo! Aliás, acabam de ser incluídos na "shit of the year", que ainda conta com Raikkonen em Mônaco, Hamilton no Canadá, Hunter-Reay no Texas, Dixon em Watkins Glen e Coulthard no campeonato inteiro.

Também merecem menção Bruno Senna e Lucas Di Grassi. Dobradinha na GP2 e Lucas em quarto lugar no campeonato - o brasileiro tem umas seis corridas a menos que o resto da galera.

Voltando para a F-1, o fiasco de Massa. Uma Ferrari como retardatário. Já viram? Silverstone viu. Do céu ao inferno, literalmente. Vitória, liderança do campeonato. Quinze dias depois, cinco rodadas, lanterna da prova.

E falando em campeonato - como um assunto puxa o outro! -, empate triplo por enquanto! Pelo desempate, parece que Hamilton vence por ter melhor classificação sem pontuar nesse ano - um décimo em Magny-Cours, eu acho. É, o negócio está apertado desse jeito. E dois pontos atrás desse emaranhado, ainda tem o Kubica!

Nos EUA, primeira vitória de Hunter-Reay - o da cagada no Texas - na Indy. Darren Manning em segundo e Kanaan em terceiro.

Por fim, Coulthard anuncia que vai se aposentar. Dizem por aí que vai correr naquelas provas de car crash...

domingo, 6 de julho de 2008

Mademoiselle Betancourt

Antes de comentar os acontecimentos automobilísticos do domingo, queria falar de uma coisa que está entalada na minha garganta.

Ingrid Betancourt foi resgatada. Lindo. Com ela, mais catorze reféns. Betancourt era candidata à presidência da Colômbia, cidadã franco-colombiana, seqüestrada há seis anos.

Mas eu pergunto: e os outros?

Sim, porque ouvi falar que tem um monte de gente seqüestrada pelas Farcs. Inclusive esses catorze que acabaram de respirar o ar da liberdade. Mas depois de Ingrid Betancourt, "os outros são os outros e só".

Tenho minhas dúvidas se depois da libertação da moça, a mídia dará atenção às outras centenas de reféns. Já vi Ingrid falando em presidência da Colômbia, Ingrid abraçando seus filhos - lindos, por sinal -, Ingrid visitando Sarkozy, Ingrid em coletiva, Ingrid falando que vai escrever uma peça de teatro e, vejam só!, achei até uma certa Ingrid elogiando algumas coisas do governo Uribe. O que essa mulher que passou seis anos em cativeiro sabe do governo Uribe, pelo amor?

Ingrid, Ingrid, Ingrid.

Não sei quanto a vocês, mas eu não agüento mais ouvir falar em Ingrid. Alguém me fala o nome dos outros catorze reféns?

sábado, 5 de julho de 2008

É pole!

Tem um mocinho que mais ou menos em 2004 ganhou a Race Of Champions. Em cima, é bom que se diga, de Michael Schumacher, que acabava de ser heptacampeão.

Aí passam-se os anos e aquele ser vira piloto oficial da Renault. O campeonato não flui muito bem, mas também não é a merda das merdas. No Japão, conquista o terceiro lugar, seu melhor resultado.

Passa para a McLaren em 2008 e, alguns meses depois do início do campeonato, faz a pole. Que, aliás, tem Mark Webber em segundo.

Sou realista, não acho que ele vá ganhar a corrida - e, afinal, sua primeira vitória está programada para o dia 28 de setembro, primeiro GP noturno e - oh, que coincidência! - aniversário dessa que vos fala! Mas, poxa, o cara é pole, afinal! E hoje o céu está mais azul, o sol mais amarelo, o mundo mais colorido!

Porque Heikki Kovalainen, queridos, largará em primeiro amanhã!

(o resto do grid de largada está aqui)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Rogério Ceni?

Tudo começou em 2006.

Não.

Começando a história do começo, o princípio de toda essa história se deu mais ou menos em 1998. Naquele ano, toda minha carreira esportiva caminhava para a frase de hoje, aquela que me faria dar um riso nervoso e pensar que certas coisas realmente ficam marcadas.

Era o primeiro ano em que teríamos aula de futebol, eu estava na terceira série. Algumas aulas depois, descobri que minha habilidade com as bolas nos pés era semelhante a de um ornitorrinco jogando peteca - só para frisar quão ruim era minha relação com bolas de futebol.

De cabeça baixa, segui para o único posto que me havia sobrado: o gol. Virei goleira, posição sempre desdenhada pelos grandes artilheiros do futebol amador.

O que ninguém esperava é que aquele ser pequenino se daria bem naquele posto. Apeguei-me a ele como uma criança apega-se a um ursinho. Tinha orgulho de ser número 1, de sempre usar a frase "eu vou no gol!" durante os jogos. Literalmente vesti a camisa daquela posição em que fui jogada.

Quando mudei de colégio, logo assumi o posto de goleira da classe. Fomos vice-campeãs de um torneio e, como boas perdedoras, ficamos putitas com o título. Alegamos que o time adversário tentara nos matar - o que é verdade; toda nossa equipe saiu de quadra com hematomas provocados única e exclusivamente pelas vencedoras. Não colou, ficamos com o segundo lugar.

O tempo passou e, em 2006, me enfiaram em um time de futsal para um torneio. Precisavam de uma goleira, não era nada sério, ninguém sabia jogar, mesmo, por que não?, fui.

Já nos primeiros jogos levei um puta frango. Talvez tenha sido o gol mais idiota da face da terra. Minto. Aqueles em que o goleiro vai fingir ser o bam-bam-bam das dribladas, perde a bola e o gol é feito são piores. Mas o meu chegava bem perto.

Até a final, porém, foi o único. A essa altura, estava isolada na tabela de "goleira menos vazada". Olhava aquele troféu com brilho nos olhos, como se fosse uma piscina de chocolate derretido - tal comparação deve ser por causa da fome.

Jogamos e perdemos. 2 x 0 para o outro time, todo o meu corpo doía, minha mão estava inchada. Fiquei com o troféu, que hoje exibe-se em lugar de orgulho aqui em casa. Junto dele, minha reputação como uma goleira brilhante. Mesmo com os dois gols, defendi uma série de outras boladas. O frango do começo estava esquecido.

No ano passado, o time campeão de 2006 me chamou para jogar. Argumentei que meu passe era muito alto - cof, cof -, não fui. Morria de medo de ter todos os meus ossos quebrados caso tivesse um mal desemprenho.

Dois times vieram atrás de mim nesse ano. Aceitei a proposta de um que prometia camiseta com o número sagrado - um, oras. Hoje me liga uma das meninas. Avisei que não jogava a uns dois anos, não garantia nada. "Mas você é uma supergoleira, tem o dom! Nós é que precisávamos de treino!" Estremeci. E cheguei à conclusão de que não gosto de toda essa história. Jogar um futebolzinho de vez em quando é bom, mas sem essa parte de entrar em campo com todo mundo com mil e umas expectativas para cima de mim. Ninguém se lembra que, para serem o que são, Ceni e Casillas treinam pacas.

Tenho o dom? Só isso não basta. Treino é algo necessário.

Veremos na sexta-feira.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Ah, Natal...

Sempre falaram para mim que Natal era uma cidade linda. Pelo pouco que conhecia do Nordeste, não duvidava.

Voar de avião é uma droga. Tinha levado um livro e duas revistas, mas na terceira hora já imaginava como ia agüentar ir pra Miami. O vôo pelo menos era TAM. Quando você passa um ano viajando de Gol, aprende que comida de avião realmente pode ser boa - e seria esse o caso, não fosse o mês junino. Ai, como eu odeio cachorro quente...

Cheguei no hotel já saíndo. Larguei minhas malas no quarto e corri - quer dizer, o táxi correu - para o local da chegada. Afinal, a desculpa pra estar lá não era a chegada do Sertões?

Zé Hélio saiu vencedor - provavelmente vocês já sabem disso. Chamou Cyril Despres de desprezível e nojento - se vocês leram o Tazio provavelmente sabem disso.

Eu estava ali do lado na hora do "no te felicito". Ouvi cada palavra do francês. Mas a "resposta" de Zé Hélio não foi muito legal. Quer dizer, levou o povo à loucura, na hora. Mas, sei lá... Cyril não é o cara mais simpático do mundo, depois de algum tempo você aprende isso. E o cara estava putito por causa dos cinco minutos de penalidade - veio se fazer de injustiçado quando conversamos. Cara, perdeu, perdeu, oras bolas!

De Villiers parece um gnomo. Pude confirmar essa suspeita que tinha. Não é nada com intuito de onfender. É que o cara REALMENTE parece um duendinho. Caso Xuxa o conhecesse quando gravou aquele tal filme, com certeza iria chamá-lo para fazer parte do elenco.

Mas o cara estava feliz. Aliás, a Volkswagen inteira estava absurdamente feliz. No sábado, durante a festa, metade da pista da área VIP - sim, resolveram dividir o local, fornecendo às Very Important People comes e bebes for free. Não adiantou nada, vi um monte de gente fazendo contrabando para o outro lado. O preço da bebida eu não sabia, mas devia ser algo absurdo. Sempre é um absurdo.

Mas o que eu dizia?

Ah, sim... então a gringaiada ocupava metade da pista. Era até divertido ver aquele bando de camisas azuis - Volks - e laranjas - KTM - dançando com copos de caipirinha - sempre ela - nas mãos.

Mas foi meio miada, a festa. Assim que acabou a premiação, a high society de Natal começou a encher o espaço, enquanto a galera do rally ia se dissipando. Saí um pouco depois que a banda começou a tocar, com a cabeça ainda mergulhada nos bpm do tecno.

Natal, eu falava, é realmente uma cidade linda. O sábado foi passado pelo litoral sul,passeando por praias lindas até chegar a Pipa. Depois de um almoça a base de peixe e camarão - como comi camarão nesses dias! - fomos para as dunas de Búzios. Além do buggy, andei pela areia a bordo do Touajegue - conhecido também como Sherpa. No volante estava Riamburgo Ximenes, um piloto internacionalmente desconhecido.

O domingo foi mais light, com uma ida até Redinha e um passeio pelo Shopping de Artesanato Potiguar. Nesse dia, acordei tarde pra caramba, perdi o café-da-manhã, fiz uma bolha no pé por causa da caminhada pela orla da praia e acabei comendo no bar da piscina, já passando da uma da tarde.

Na verdade, não deu pra conhecer muito de Natal. Para isso, crieo eu, precisava de mais algum tempo lá. Pra realmente parar nos lugares, explorar, conhecer.

Uma pergunta

Estaria José Serra pintando seus poucos fios na cabeça?