domingo, 31 de maio de 2009

Os não-recordes de Sébastien Loeb

Com a vitória de Latvala na Sardenha, Sébastien Loeb perdeu a chance de bater alguns recordes _mais vitórias na sequência (sete, caso ganhasse na Itália), mais vitórias na sequência em uma temporada (seriam seis, igualando o recorde anterior), mais vitórias em um campeonato (ele caminhava para as doze, lembram-se?) e mais pódios na sequência (seriam 15).

Mas a batalha de Loeb por essas marcas é contra ele mesmo. Em 2008, por exemplo, ele venceu onze ralis. Antes, também o francês havia levado dez vitórias, em 2005. A terceira marca também é dele, em 2006 (8, mesmo número alcançado em 2007). Atrás dele, um sem-número de pilotos aposentados, que não apresentam perigo.

Também é Sébastien o dono de mais vitórias em sequência, seis em 2006 e 2008/2009. Em 2006, aliás, também bateu a marca de mais vitórias em sequência em uma temporada. Atrás dele, Timo Salonen, em 1985.

Fora os 15 pódios, ironicamente da Sardenha, em 2008, à Argentina, neste ano, ele teve 12 em 2006 _Monte Carlo a Chipre_ e em 2005 _Nova Zelândia à Catalunha.

A verdade é que Loeb vem batendo cada vez mais recordes que ele mesmo já bateu e cada vez mais afasta a possibilidade de ser vencido, mas ainda existem marcas a serem alcançadas _e dificilmente o francês alcançará algumas delas.

Além dessas três já citadas, ele é o piloto com mais vitórias (52), contra 30 de Marcus Gronholm e com mais vitórias em diferentes ralis (20), contra 13 de Carlos Sainz.

E o que ainda falta Loeb alcançar? E quais as chances de ele chegar a essas marcas?

Antes, deixe-me esclarecer uma coisa. Acho que essas estatísticas são dados curiosos e interessantes, mas secundários. Julgar um piloto apenas pela quantidade de vitórias que ele tem é um erro. Campeonatos? Não é apenas o fato de ser o piloto com mais campeonatos (cinco) no bolso que faz de Sébastien Loeb um dos melhores de todos os tempos. E alguns possuem vitórias causadas por fatores externos, como Petter Solberg, em 2003, beneficiado pela doença de Richard Burns.

Não. O que torna Loeb incrível é sua pilotagem, sua habilidade, seus poucos erros. Os números que cercam suas carreiras são apenas um reflexo de seu desempenho.

Então vamos lá...

Em mais largadas no WRC, por exemplo, comanda Saiz, com 196. Loeb vem apenas em 13º, 77 provas depois. Se as temporadas continuarem a ter doze provas, serão necessários mais de seis anos para que o francês bata a marca. Não é impossível, mas nos últimos meses Loeb, apesar de continuar em ótima forma, vem apresentando sinais de cansaço, e não confirma que continuará no Mundial por muito tempo.

E em pontuação?

Lá vem Sainz novamente. São 1242, contra 745 de Loeb _497 de diferença. Ainda tendo como base uma temporada com doze corridas, seriam mais de quatro anos para que o francês alcançasse o recorde de seu ex-companheiro de equipe. Isso se ele vencesse TODAS as provas!

O bicampeão mundial também bate Loeb quando se trata de maior número de pódios, embora Sébastien ainda tenha grandes chances de alcançar a marca. São 97 contra 78. Caso terminasse todas as últimas provas entre os três primeiros, o pentacampeão alcançaria os 84 pódios, e precisaria apenas de mais um ano e uma prova para alcançar Sainz.

Em maior pontuação na sequência, a briga sai da dupla Sainz-Loeb e quem comanda é Gronholm, com 22 corridas sem deixar de pontuar, seguido por, vejam só!, Mikko Hirvonen, também com o mesmo número. Loeb, porém, não está longe _pelo contrário. Se ele ficar na zona de pontuação até o fim do ano, alcança os finlandeses. Se, além disso, pontuar na primeira corrida de 2010, passa os dois.

O eterno finlandês rabugento está empatado com Loeb no ranking de mais vitórias em um rali. São sete em seu país natal contra sete do francês na Alemanha. Ensaiando voltar ao WRC (ou é o que espera a Prodrive), Gronholm tem a vantagem de poder correr na Finlândia ainda neste ano, enquanto o pentacampeão só poderá correr na Alemanha no ano que vem _e, até lá, a corrida da Finlândia de 2010 já vai ter passado... enfim, pode ser uma boa disputa.

O francês X Jean-Pierre Manzagol foi o que mais vezes largou em uma mesma prova do WRC, em Córsega, 29. Na outra ponta, Stig Blomqvist terminou o Rali da Suécia 25 vezes. Loeb não está entre os 20 primeiros em nenhuma dessas duas marcas, e com a moda de rodízio de ralis, dificilmente alcançará a ponta.

Por fim, Markku Alén venceu 796 estágios, enquanto o piloto da Citroën tem 612. Caso ganhasse TODAS as especiais, poderia bater a marca em meados do ano que vem.

Com eu disso, acredito que esses números são apenas estatísticas curiosas, mas não refletem o que Loeb representa para o WRC. Mas dissecar o que o francês ainda pode alcançar é interessante.

Além do mais, o blog comemora dois anos hoje. E quer comemoração melhor do que falar sobre WRC e, mais especificamente, sobre Sébastien Loeb?

sábado, 30 de maio de 2009

Diário de uma perneta

Eu não tinha a mínima intenção de cair da escada. Muito menos torcer o tornozelo enquanto caía. Mas aconteceu. Caí da escada da faculdade e torci o tornozelo. Caramba, que dor dos infernos! Lembrou-me quando eu tinha cerca de cinco anos, torci o pé pela primeira vez pulando amarelinha. Depois, me fizeram tirar uma foto com o gesso e roupa de caipira _era junho..._ em cima do número homicida.

Enfim, quase quinze anos depois, torci o pé novamente. Instintivamente, joguei meu corpo em cima do pé e o abracei, como se a dor fosse passar com o simples contato com os meus braços. Bom, não passou.

Da faculdade para o carro, do carro para o hospital e a confirmação de que fora somenta um entorse. "Se colocar aquelas botas pode pisar?" "Sim, aí pode pisar."

Casa, sofá, televisão, a primeira descida da escada _eu estava meio capenga, mas fui bem sucedida.

Sem poder ir à faculdade na sexta, afundei-me novamente no sofá e enquanto todo mundo perguntava se eu queria alguma coisa, se estava doendo, se estava inchado, só conseguia pensar em como minha viagem para o Sertões seria prejudicada caso a suspeita de rompimento de ligamento fosse confirmada.

Não foi, mas fui obrigada a ficar com a bota durante o dia _e a noite_ todo por um dos muitos ortopedistas sádicos que existem na cidade de São Paulo. Eles perguntam se dói, você diz que sim, eles apertam mais. Eles sbem que você está com o pé machucado mas insistem em dobrá-lo como se fosse feito de geleia. O que me lembra de um ortopedista japonês, gordão, que tirou o gesso do meu dedão. Por causa de seu exame, quase tive de engessar minha mão novamente.

Pois bem. Muletas. Além do remédio caríssimo, o ortopedista de mandou andar de muletas, sob o risco de ficar alguma sequela em meus ligamentos _que não foram rompidos, é bom que eu diga.

Logo na minha primeira tentativa, concluí que voltarei ao médico na semana que vem para engessar o pé esquerdo, já que levarei tombos e mais tombos. E a dor no braço? E na perna direita, que precisa ficar o tempo todo levantada? "E dói as coisas,também", disse-me minha avó. E eu que já sofro de dor nas costas crônica, como fico?

Pois decidi que só levanto do sofá em causa urgentíssima. E para ver o Saulo Vasconcelos esta noite! Fora isso, me arrastarei, assim com fiz para subir as escadas de casa _e para ligar o DVD.

Aliás, não tenho planos para hoje à tarde. Friends? Alguém pode passar na locadora, por favor?

Alguém me explica...

... que raios de moeda de ouro é essa inventada pelo orkut?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Colírio

Se alguém aqui for para Nova York no fim do ano, ponha esta peça em sua lista de coisas a fazer na "big apple": A Steady Rain.

A história, dois policiais em Chicago que passam por um drama que mudará suas vidas e blá, blá, blá.

Os atores, esta é a melhor parte. Os dois policiais serão Hugh Jackman, o Wolverine, e Daniel Craig, o atual James Bond.

Então, se alguém aqui for para Nova York no fim do ano, coloque esta peça na lista. E adicione um item às suas bagagem: eu!

Trabalho de formiga também serve (3)

Quando aconteceram aquelas enchentes em Santa Catarina, publiquei no blog uma lista de lugares para fazer doações. Como sabemos, muitos donativos não tiveram o destino esperado, mas acho que devemos tentar ajudar mais uma vez.

A situação no Nordeste é tão crítica quanto a do Sul, mas a ajuda lá não é tanta. Em uma rápida busca, encontrei algumas informações de contas para doar dinheiro. Alimento, roupa, etc, não achei.

Para quem estiver interessado, seguem os dados:

Cruz Vermelha (para todos o atingidos do Nordeste)

Unibanco
Agência 0472
Conta 235.000-8

Defesa Civil do Piauí

Banco do Brasil
Agência 3791-5
Conta 2004-4

Ceará / Campanha Força Solidária

Caixa Econômica Federal
Agência 3281
Operação 003
Conta 300-1

Banco do Brasil
Agência 3515-7
Conta corrente 11024-8

Banco do Nordeste do Brasil
Agência 016
Conta corrente 29393-8

SOS Maranhão

Caixa Econômica Federal
Agência 0027
Conta corrente 1000-2
Operação 006

Banco do Brasil
Agência 2954-8
Conta corrente 2222-5

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dizem por aí...

... que o Peterhansel vai correr o Dakar de BMW.

domingo, 24 de maio de 2009

A mais bonita

A vitória de Hélio Castro Neves neste domingo, nas 500 Milhas de Indianápolis, está entre as mais bonitas que já vi.

Por tudo que passou neste ano, pelas incertezas, Castro Neves deu a volta por cima em alto estilo. A vitória deste domingo representa muito mais do que um primeiro lugar na corrida mais importante do ano.

Provado inocente, que Helinho possa desfrutar de muitas, muitas outras glórias como esta.

E na Sardenha, deu Latvala

Tem dias em que tudo dá certo. Foi este o caso de Jari-Matti Latvala neste fim de semana, na Itália.

De ponta a ponta, o finlandês venceu o Rali da Sardenha. Mais do que isso, quebrou a sequência de vitórias de Sébastien Loeb neste ano. Muito mais do que isso, deu à Ford sua primeira vitória na temporada. E muito, muito mais do que isso, ganhou uma sobrevida no WRC. Não apagou, obviamente, seu campeonato desastroso _que contou até com um mega acidente em Portugal_, mas dá uma certa credibilidade a alguém que já era dúvida até para Malcolm Wilson, chefe da Ford.

Não houve jogo de equipe. a Ford deixou Latvala levar e Hirvonen manteve-se em segundo, 29s4 atrás de seu companheiro de equipe.

Se os finlandeses conseguiram quebrar o domínio francês com estilo, Loeb teve um fim de semana para esquecer.

Com um furo de pneu na 11ª especial, viu suas chances de brigar pela vitória irem embora. Assumiu a terceira posição na especial 15 e terminou a distantes 1min43s7.

Porém, por causa de uma infração de cinto de segurança _Daniel Elena destravou o cinto antes do carro parar_ exatamente no episódio do furo, a Citroën recebeu dois minutos de punição, deixando o terceiro lugar para Petter Solberg.

No final, são 55 pontos para Loeb e 38 para Hirvonen, 17 de diferença entre os dois. Sem pontuar, Dani Sordo manteve-se com 31 pontos, em terceiro. E Latvala, que estava em nono, subiu três posições e agora é sexto, atrás dos irmãos Solberg.

Convenhamos, mais do que pilotagem, a derrota de Loeb foi uma combinação de tática errada, falta de sorte e infração. Mas a vitória de Latvala, além de tudo já citado aqui, pode significar um novo cenário na segunda metade do campeonato.

A Citroën que se cuide. A Ford vai para a Grécia com um novo fôlego.

sábado, 23 de maio de 2009

Uma chance

Quando pensamos que tudo será como sempre foi, vem o destino e nos surpreende.

Foi assim o sábado em Sardenha, na Itália, onde acontece a sexta etapa do WRC. Sexta etapa que tinha tudo para dar, mais uma vez, Sébastien Loeb.

Largando da terceira posição, o francês precisava tirar alguns segundos para ficar mais próximo de Latvala e Hirvonen, primeiro e segundo, respectivamente, mas sem alcançá-los, para largar novamente com a pista limpa no domingo e, aí sim, dar o bote.

Tudo funcionando bem, 31s de Latvala na SS10. Até que veio o furo que poderia mudar tudo.

Na segunda passagem na Fiorentini, o pneu do C4 de Loeb sofreu um furo e o francês não só perdeu seu terceiro lugar para Solberg, como também viu sua distância para Latvala aumentar para mais de um minuto.

Um furo pode ter dado à Ford sua primeira vitória na temporada. Para Latvala, tem um significado ainda maior: com um campeonato péssimo e sua cabeça em jogo, o finlandês pode ter sua segunda vitória na carreira e dar uma volta por cima.

Mas tenho minhas dúvidas de que a Ford vai deixar Latvala ganhar. Hirvonen não está tão longe de seu companheiro de equipe e uma vitória daria a ele dez pontos, fazendo-o chegar em 40 e assumir a vice-liderança do campeonato. Caso Loeb se mantenha em quarto _o que também duvido, já que está a cerca de dois segundos de Solberg_, subiria apenas para 55. De 20, a diferença entre os dois iria para 15, o que ainda é muito, mas melhor do que nada.

Se Hirvonen ganhar, aumenta suas chances de brigar pelo campeonato. E, para alguém que já estava tão desacreditado quanto Latvala, um segundo no pódio não é um mau negócio.

Qualquer que seja a escolha da Ford, a equipe tem motivos para ficar feliz: pela primeira vez no campeonato _e olha que estamos no fim de maio!_ ela tem chances reais de vencer uma corrida.

Pobre Daniel Elena. Pelo que parece, não será desssa vez que ele e Sébastien Loeb ganharão 12 provas em uma temporada.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Premonição

Sonhei que Giniel de Villiers era confirmado como terceiro piloto da VW. Mas também sonhei que seu navegador era Mark Miller, então não dêem muito crédito a isso.

Mas aposto nele como campanheiro de Sainz e Al-Attiyah.

Estratégias

Parece que não importa muito qual estratégia a Ford faz.

Há alguns ralis, Hirvonen optou por tirar o pé e deixou Loeb abrir a trilha no dia seguinte. O francês venceu com uma vantagem imensa.

Outro dia, Hirvonen acelerou e larogu na frente no dia seguinte. O francês venceu com uma vantagem imensa.

Hoje, os dois se viram em uma briga ao contrário: desta vez, a disputa era quem conseguia fazer o maior tempo e, deste modo, escapar de largar na dianteira na Sardenha, Itália.

Presumo que a Ford tenha jogado Latvala na liderança de propósito, já que o finlandês não precisa ir atrás de campeonato nenhum _apenas, talvez, de manter seu emprego.

Mikko bem que tentou, mas, como ele mesmo diz, não tinha noção do tempo de Sébastien Loeb, e acabou na segunda posição, 39s8 atrás de seu companheiro de equipe.

O muso do Pitacos, por sua vez, sai em terceiro no sábado, 42s8 de Latvala. Muito? Nem um pouco. Não para Loeb. Ele já declarou que também não se preocupará em assumir a liderança amanhã, só vai tirar tempo, deixando para domingo a batalha com a Ford.

Estratégia arriscada? Seria, não fosse Loeb. Acho que, com ele, não importa o quanto as outras se esforcem. No final,o francês sempre vai conseguir o que quer: a vitória.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O naipe da navegadora



Confessem... a navegadora pode estar enferrujada, mas é estilosa!
Ah, sim... também deixo comentarem quão lindo e fofo e meigo é o meu pequeno pezinho 33.

Engatando a sexta

Sébastien Loeb venceu o shakedown de hoje, no Rali da Sardenha. Ao que parece, outra vitória para o francês bonitão _e aí já será metade do campeonato.

Será esta a vitória em campeonato mais fácil do Mundial de Rali?

A quem interessar possa

Agora são nove os casos de Influenza A no Brasil, mas não faço parte desta estatística.

Fui ao médico hoje e ele identificou um começo de sinusite. Nada grave, pois.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Frota internacional

Primeiro foi James Blunt/Elton John. Depois, Damien Rice (aaaaai, que saudade do meu irlandês!). Agora, Alex Band virá para o Brasil.

Slow down, folks! Desse jeito, não há orçamento que aguente!

Atravessando o rio

Acho que o que melhor define a corrida em Balneário Camboriú é a travessia do rio.

Estávamos em uma tocada boa, sem erros, tentando controlar velocidade e tempo. Eu já tinha cantado o rio à frente, e, no banco de trás, o Henrique estava ansioso, já que havia sido ludibriado pela lama no começo da prova.

Mas quando chegamos, o Detlef já estava na margem mandando parar. No meio do rio, a L200 nº 100. O 114, que largou na nossa frente, também esperava para passar.

Chegamos e o Alemão nos explicou o que estava acontecendo. Após a travessia, havia uma subida que estava lisa feito sabão. A galera estava com dificuldades mil para subir, então o jeito era fazer tudo com calma: o carro subia e só quando já havia conseguido passar, o pessoal da organização dava um toque no rádio e liberava outro.

As orientações: segunda reduzida bloqueada, passou a metade do rio mete o pé.

Foi o 114. Uma vez. Duas. Nada.

Enquanto isso, os Mitsubishi se amontoavam atrás da gente e, tal qual no trânsito de São Paulo, businavam para que andassemos _e, tal qual no trânsito de São Paulo, abri o vidro e gritei que não dava.

O tempo passou e o pessoal começou a sair dos carros para ver o que estava acontecendo. Uns pulavam nas pedras do rio, iam conversar com as pessoas nos outros veículos e tudo o mais.

Nós ficamos ali, esperando a hora em que o Detlef nos liberaria e seguríamos para o sabão _o que aconteceu após o 114 conseguir passar, não sem antes dar um banho no Alemão.

Assim, a Cris acelerou a TR4 e começou a subir. Caracoles, o treco estava liso!

O pessoal gritava do lado de fora e eu, impotente com minha planilha toda colorida, gritava de dentro do carro: "acelera, Cris! Não para! Acelera!"

Deu certo. Com a habilidade da piloto e o apoio moral da navegadora _aceito propostas para o Sertões_, conseguimos chegar ao topo de prima.

Com toda a derrapagem, o odômetro, obviamente, já havia ido para o saco. Optamos por seguir as meninas à nossa frente, embora não fosse necessário: o caminho era todo marcado com abismos e afins. Tirar tempo ali? Nem a pau!
*
Ficamos, no final, na 40ª posição. Navegadora enferrujada dá nisso. Mas ganhamos entre as duplas femininas, o que me impediu de dividir com Fábio Fiorini um pote de sorvete de chocolate. Sorry, man... também estou cansada de ficar sempre na sua frente!

Derrubada

Ela veio fraquinha no domingo, quando pousei em São Paulo. Na segunda, me jogou no sofá e me deixou ali até o fim do dia. Ontem, por mais que ela quisesse, mantive-me forte em frente ao computador, tudo culpa de Sistemas de Comunicação.

E hoje, como me livrei da bagaça da faculdade, novamente deitei-me no sofá e, não fosse a Telefonica, teria passado o resto da tarde aqui. Passado o telefonema, liguei o DVD e, após uma minuciosa seleção, optei por "Uma Linda Mulher".

E aqui estou, deitada no sofá, vendo Richard Gere e Julia Roberts, mas só consigo me lembrar de Chandler Bing falando para a Monica Geller: "lots of fluids".

Merda de gripe.

terça-feira, 19 de maio de 2009

God save the queen!!

Essa é especial para a Alê.



Eu sei que deveria estar fazendo o trabalho da faculdade, mas não tinha como deixar passar.

Ah, sim: as fotos estão no globoesporte.com, creditadas ao The Sun. Obrigada, The Sun!

De volta ao normal

Ufa! Internet e luz de volta, conto depois como foi a viagem para Balneário.

Agora, é correr com o trabalho da faculdade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Apenas uma pergunta

Foi com Michel Perin que Carlos Sainz sofreu aquele acidente que o tirou do Dakar deste ano. Foi Perin que era atendido pelos médicos enquanto Sainz tentava loucamente tirar seu Touareg das pedras.

Para o Sertões, Sainz vai com Lucas Cruz Senra, que estava desempregado desde que a Mitsubishi anunciou sua saída do rali _ele era navegador de Nani Roma.

Eu pergunto: foi Sainz que decidiu não correr mais com o fracote do Perin ou foi Perin que não quis mais saber do louco suicida do Saniz?

Retificando...

A Volkswagen NÃO confirmou a vinda de Giniel para o Sertões. A terceira dupla ainda permanece em suspense.

Fodeu ou vai ser foda?

A brincadeira tá ficando boa.

A VW confirmou a vinda de três carros para o Sertões: um com o eterno gnominho sul-africano, senhor De Villiers, um com um príncipe do Qatar (ou algo assim), Nasser Al-Attiyah, e outro com o bicampeão do WRC, Carlos Sainz.

PQP!! Carlos Sainz vem correr no Brasil!! Melhor que isso, só se viesse Ari Vatanen!

Vem, Ari Vatanen!! Vem, Ari Vatanen!!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

This is not a goodbye

Em 2007, mudei radicalmente a área em que queria atuar. De automobilismo resolvi ir para a guerra. Eu ia mesmo o sonho de cobrir guerra, até hoje tento entender um pouco o motivo.

Mas eu nunca pensei que essa guinada para um outro lado quando eu ainda fazia cursinho ia acontecer quando eu iniciasse minha vida profissional.

Não, por enquanto ainda não tenho planos para ir para guerra. Por enquanto, não tenho planos. O único plano que eu tinha era seguir no automobilismo, e de repente vi que não era bem o caminho que queria.

E qual é esse caminho? Não sei.

Não foi uma decisão feita sem pensar, mas confesso que me surpreendi quando me ouvi dizendo que não queria mais ficar no automobilismo. Foram três meses no Tazio, e nesses três meses aprendi demais. Mas, talvez, a melhor lição tenha sido a de que não quero ver o mundo só pela ótica do esporte a motor.

Passei sete anos percorrendo o caminho que me traria até aqui e que, sonhava eu, me levaria mais para frente. Conheci pessoas importantes que todos os dias me ouviam pelo telefone, como o Ric e o Denis, ou que arrumavam um tempinho para me ajudar com a Michele Mouton, como o Betto.

Ganhei a Alê e o Panda, que me ensinaram muito mais do que simplesmente "a vida é difícil".

Conheci Fábio Seixas, Flávio Gomes, Victor Martins e Bruno Vicaria, jornalistas que tinha _e sempre vou ter_ como exemplo. Dividi histórias curiosas com cada um deles, a última envolvendo um sanduíche com mostarda (mas deixa pra lá, Bruno...)

Isso não é nem de longe um adeus. É um tchau. Quando eu era criança, me falavam que o adeus era definitivo, enquanto tchau era temporário, e por isso digo apenas tchau.

Uma vez o Panda escreveu aqui que, após Chicago, viria Long Beach, Milwaukee, Melbourne, Sepang, Monte Carlo ou talvez Sebring. "Quem sabe vários deles. Ou todos - por que não sonhar?"

Eu acho que pode ser que algum dia eles venham. Tenho um desejo de cobrir as 500 Milhas de Indianápolis, as 24 Horas de Le Mans, o Dakar e uma temporada do WRC.

Por enquanto, porém, acho que meu caminho é outro. Ainda estou sem planilha, mas deixo vocês a par de cada referência.

Em tempo: não pensem que o blog deixará de falar do esporte a motor. Essa temporada no Tazio me fez amar mais do que nunca as duas e as quatro rodas.

Outro Oscar póstumo

Ops!

Vocês acharam que o Curinga em Batman era o último sopro de vida de Heath Ledger?

Pois vem mais por aí!

Ainda falta "The Imaginarium of Doctor Parnassus", que, além de Ledger, tem Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel.

Será outra interpretação aclamada do australiano, com direito a Globo de Ouro, Oscar, etc.

O enredo?

Com um elenco desses, quem se importa com a história do filme?

Corta barato

A Prodrive garantiu que está conversando com Gronholm sobre uma possível participação no Rali da Polônia.

Eis que o eterno finlandês rabugento desmente os caras, dizendo que foi apenas questionado por Richard Taylor, chefe de rali da equipe _além de afirmar que ainda não sabe se quer voltar a correr constantemente.

É ou não é um estraga-prazeres, este Gronholm?

domingo, 10 de maio de 2009

No fim, na F-1...

Hoje deu Button, Rubinho em segundo e blá, blá, blá.

A Ferrari, óbvio, conseguiu fazer mais uma merda. Desta vez, tentou fazer com que Massa desse uma de Dixon na última corrida da temporada de 2007 da Indy. Lembram-se? Ele ali, prestes a ganhar o campeonato, quando deu pane seca e o bichinho parou no meio do oval.

Mas Felipe só deu uma de Franchitti, que conseguiu passar Dixon, cruzou a linha de chegada, ganhou o campeonato e parou uns 500 metros depois, também sem combustível.

A diferença é que Massa não estava lutando pelo campeonato. Nem vai lutar. A não ser pelo de "pior equipe de 2009". Eu já dei meu voto para a Scuderia.

E, claro, mais um dia das mães em que Rubinho tem uma não-vitória que se transforma em polêmica. Em vez do alemão, foi o inglês. Desta vez, porém, foi uma estratégia que não deu certo que deixou o brasileiro em segundo lugar _com Button em primeiro, obviamente. Adoro quando pilotos bonitos vão para o pódio. Por isso gostei das temporadas de 2005 e 2006.

Estou esperando ansiosamente pelo próximo livro que publicará uma conversa secreta de rádio entre Barrichello e a Brawn no qual Ross e Nick estão com a Lulu sequestrada.

"A Lulu, não!"

O que será do Dakar

Sexta-feira teve briefing/coletiva do Dakar. Aqui no Brasil.

É que a gente fez parte do Dakar World Tour 2010, que, além daqui, já foi para a China, passará pelo Japão, Holanda, Espanha e mais um território à sua escolha.

Nunca tinha ouvido falar deste evento. A impressão que tenho é que acontece todo ano, mas nunca é divulgado. Presumo que, normalmente, ele se restrinja à Europa, mas neste ano resolveu abrir seus horizontes.

A escolha pelo Brasil é óbvia. Foram 11 competidores em 2009 no rali da América do Sul, e o número, apesar da crise, acho que tende a aumentar em 2010.

Não sei por que, mas tenho um feeling de que o Dakar vai mudar completamente seus padrões nós próximos anos.

Já veio para a América do Sul e, apesar de todos os problemas, um público de 500 mil pessoas só na largada não é um número fraco.

A organização não deixou pistas sobre o local da prova de 2011, mas ouso dizer que o Dakar Series, ralis que são organizados com o mesmo padrão de segurança e qualidade do Dakar, segundo a A.S.O., é mais um experimento sobre pra que regiões seguir com o maior rali do mundo.

Apenas um palpite, mas fiquemos atentos. O Dakar realmente iniciou uma nova era na sua história. Como a edição cancelada marcou os 30 anos da prova, fico imaginanando que nova revolução veremos daqui a três décadas.

Ah, sim. O que rolou de legal na sexta vocês conferem no Tazio .

Entendi...

... por que Elvis morreu.

É que o Rei nunca ia poder aguentar ver Lisa-Marie Presley, sua filha, se casando com Michael Jackson na época em que ele já começava a ficar excessivamente bizarro.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Plantão

O bebê de Cláudia Leite foi internado com Meningite. O resultado dos exames para detectar o tipo sai neste tarde.

Quer apostar quanto que daqui a pouco toca a música o plantão e aparace algum jornalista falando o que tem o filhote da ex-Babado Novo?

domingo, 3 de maio de 2009

São vinte e três

Eu não me esqueci que ontem, dia 2 de maio, fez 23 anos que Henri Toivonen morreu. Com ele, como vocês estão cansados de ler aqui, morreu uma das classes mais fantásticas do rali mundial _o Grupo B.

Para não ficar no repeteco, achei há algumas semanas três vídeos da categoria. Assistam, apreciem, viajem. Vale a pena.





Ah, sim...

... também tentaram arrancar a cabeça do ursinho de pelúcia dela. Detalhe: o bichinho ficava no quarto o tempo todo.

Sério... pra onde o mundo está indo?

Sobre a arte de deseducar

"Vivemos pensando que mundo deixaremos para nossos filhos, mas nunca nos perguntamos que filhos deixaremos para o mundo."

Não sei muito bem quem é o autor dessa frase, mas sei que minha mãe vive repetindo a máxima. Pois lembrei-me dela assim que minha irmã voltou de uma viagem que fez com a escola.

Feriado e lá se foi minha irmã mais nova para um acampamento. Certa noite, durante um atividade, alguns meninos que não participaram da brincadeira resolveram entrar no quarto dos outros e sujar as roupas de tintas, roubar sapatos e afins.

Descoberta o ato de vandalismo, a coordenadora chamou todos os alunos e disse que, caso os culpados não fossem achados, das duas, uma: ou todos levariam suspensão ou os monitores _alunos mais velhos que vão auxiliar na viagem_ não poderiam participar das atividades por seis meses.

E vocês acham que os pequenos vândalos se manifestaram?

Alguém, provavelmente no cagaço para não ser suspenso, contou à coordenadora.

Reclamamos a torto e a direito do caminho que nosso mundo está seguindo. Mas como esperar alguma melhora quando os pais educam _ou deseducam_ os filhos desse jeito? Se as coisas já estão ruins, imagine quando marginais como esses estiverem no comando!

Não sei, mas cada vez mais eu perco a esperança de que alguma coisa pode melhorar.

sábado, 2 de maio de 2009

1º de Maio de 2005

O 1º de Maio do qual me lembro é outro.

Daquele de 1994, pouco me vem à mente. Conta minha mãe que aprendi a falar Senna com a mesma facilidade com que comecei a dizer mama. Segundo ela, eu assistia a todas as corridas. Não lembro, mas me recordo vagamente de alguns trechos da corrida em Ímola _como o movimento da cabeça que, naquela época, para mim, era um claro sinal de que Senna estava vivo. Embora eu não tenha certeza se sabia qual era o significado da palavra morte.

Mas o 1º de Maio de 1994 não é mais importante do que o 1º de Maio de 2005 _para mim.

Estávamos almoçando no shopping, eu, minha mãe e minha irmã, aqueles velhos almoços que já são quase jantas.

No telão, o vigésimo programa que fazia uma retrospeciva da vida de Senna.

Foi quando o celular de minha mãe tocou. Da conversa entre ela e seu pai _meu avô_ lembro-me nitidamente de uma frase: "meu avô está bem?"

Na hora tive a sensação de que já sabia o que viria em depois.

Quando ela desligou o aparelho, nos olhou e disse: "sua bisavó morreu."

Apesar de já ter mais idade, a morte da minha bisavó era algo completamente inesperado. Tinha seus problemas de visão, mas fora isso era, como diz minha mãe, uma velha gaiteira _tanto que desencarnou em São Lourenço, em Minas.

Já no carro, a caminho de casa, chorávamos com soluços baixinhos. Na tarde daquele 1º de Maio, passei horas sentada no sofá com as lágrimas escorrendo em meu rosto. Como o telefone ficava perto, lembro-me de minha mãe fazendo várias ligações e anunciando sempre a mesma coisa.

Me arrisquei a ligar a tevê somente mais à noite. Foi nessa hora que vi, pela última vez, o dia 1º de Maio como o dia da morte de Senna. A partir de 2005, este dia passou a ganhar um novo significado para mim.

E hoje, passados 15 anos sem o piloto e quatro sem minha bisavó, tenho a certeza de que seu Guimarães, o Rosa, estava certo: "As pessoas não morrem, ficam encantadas."