quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Obrigada, Diana

Eu achava que princesas existiam apenas em contos de fadas e nas histórias antigas. Ninguém havia me dito que elas continuavam a existir. Na minha mente elas eram, sei lá, como dinossauros ou dodôs: extintas. Eu até achava triste, porque adoraria ver uma Cinderela desfilando de carruagem pelo meio da rua. Era 1997.

Certa manhã, liguei a televisão. Todos na casa ainda dormiam. Lembro-me de sentar no chão e colocar em um canal aleatório que transmitia aqueles jornais matutinos. Falavam de uma princesa. Cinderela? Bela Adormecida? Não, era uma tal chamada Princesa Diana.

As princesas nunca morriam nos meus contos de fadas. Mas Diana havia morrido. Pior: eu nem tive a chance de saber que ela existia. Quando tomei conhecimento dela, ela já não estava encarnada.

Naquela manhã, chorei. Chorei como o mundo chorava, mas por motivo diferente: existia, sim, uma princesa de verdade, de carne e osso, mas ela havia acabado de morrer. Como princesas podiam morrer?

Não sei se foi o show de sábado, se é o sono que já bate, mas senti vontade de dizer isso: obrigada, Lady Di, por me ensinar, quando eu tinha sete anos, que princesas não eram apenas fruto de contos de fadas.

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