Pascal Terry, 49 anos, estava desaparecido desde domingo, segundo estágio do Dakar. Foi encontrado nesta madrugada, morto, a 15 metros de sua moto. Pelo que parece, o piloto foi para a sombra de uma árvore para descansar. Tinha comida e água com ele, provavelmente passou mal ou algo assim.
Com isso, somam-se 48 mortes nos trinta anos de rally, mais uma por edição. Grandes nomes como Fabrizio Meoni (bi-campeão) e Andy Caldecott estão neste ranking, além do próprio criador do Dakar, Thierry Sabine - a morte dele, aliás, tem uma aura mística, algum dia eu conto aqui.
A morte do motociclista, mais do que a relação Dakar x morte, trouxe-me um fato que já tenho percebido há algum tempo: a omissão do site oficial da prova, fonte primeira de informações sobre o que está acontecendo pelo percurso, com certos assuntos. O que eles disseram sobre os dois britânicos que estão em coma - sem trocadilhos com o líder da prova nas motos -desde a primeira etapa? Ou das pessoas atropeladas?
Como parente de competidor, fico imaginando se os familiares de Pascal Terry foram informados do seu desaparecimento e, na sequência, de sua morte - sem que precisassem entrar na internet para descobir tal fato, digo. Tenho sérias dúvidas, que me levam a ficar preocupada com aqueles que me são queridos e estão na competição. Já tive a experiência denão saber onde estava meu pai durante a edição, bem como Romana, mãe de Marcos Macedo. No caso dela, consegui pegar a informação e repassá-la. E se o problema não fosse embreagem? Se ambos tivessem ficado perdidos, fora do trecho - e, consequentemente, fora da rota do vassoura - e sem contato? Ficaríamos aqui, preocupadíssimas e sem nenhuma notícia - uma nota na internet, que fosse?
Neste ponto, acredito que o Dakar está deixando muito a desejar neste ano.
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