A morte de Henri Toivonen, ocorrida no sétimo quilômetro da décima oitava especial da Tours de Corse, foi determinante para o fim do Grupo B. Algumas horas depois da morte do finlandês, Jean-Marie Balestre, então presidente da FISA (atual FIA), decretou a extinção da categoria, bem como o cancelamento da criação do Grupo S - cujos conceitos são usados desde 1997 no WRC.
Em 1982, uma nova categoria era lançada. As restrições tecnológicas eram poucas e para homologar um carro era preciso produzir apenas 200 veículos por ano - a categoria anterior requeria 500 unidades/ano. Também não existia um limite de potência, e alguns carros chegavam a 500 cv - Delta S4, veículo que Toivonen pilotava na Volta de Córsega.
De 1982 a 1986, Walter Röhrl, Hannu Mikkola, Stig Blomqvist, Timo Salonen e Juha Kankkunen foram os campeões. Além deles, personalidades como Ari Vatanen e Michèle Mouton também estavam presentes no Grupo B. Alguns carros, como o Peugeot 205 T16, Audi Quattro e Delta S4, são lembrados até hoje. O Quattro foi o primeiro carro a usar tração 4X4 integral.
A Tours de Corse começou no dia primeiro de maio, e Toivonen ganhava especial atrás de especial. Caminhava fácil para a vitória. É irônico que, depois do primeiro dia, ele fez o seguinte comentário: "Esse rally é insano (...). Se tiver algum problema, eu estou morto". Na verdade, ninguém nunca desvendou a morte do finlandês. Sabe-se que ele tomava remédio para a gripe, mas não havia nenhuma testemunha no local e o carro pegou fogo assim que bateu. Antes disso, pessoas chegaram a falar que Henri era o único que podia controlar a pontência do Delta S4. Para ter noção da força do carro, se tivesse feito a volta de classificação do GP de Estoril daquele ano, largaria na sexta posição, a dois segundos do pole postion - Ayrton Senna.
Hoje se vão vinte dois anos da morte de um piloto que, se vivo, provavelmente teria se tornado um dos maiores competidores de rally de todos os tempos. Junto de Henri Toivonen morreu também a categoria mais marcante do rally mundial.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Vinte e dois
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 11:38
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