quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A sorte anda longe

Imagine o seguinte:

você não é um simples campeão mundial de rally. Você É TETRA-CAMPEÃO. Seguido. Há quatro anos ninguém consegue batê-lo. E, para melhorar o seu astral - não que isso faça diferença durante uma prova -, você é bonito pra caraio.

Entra 2008. Seu principal rival, aquele que quase te fez perder o campeonato do ano passado, se aposentou. Na sua cabeça, o penta está no papo. Você já até imagina Galvão Bueno gritando: "É penta! É penta!"

A temporada começa. Você ganha a primeira prova. Lógico.

Segunda prova, rally da Suécia, neve. Claro que, a essa altura do campeonto, todos já deveriam saber disso, mas vamos apenas fazer um remember: você é o único não-escandinavo a ganhar lá.

O primeiro estágio é ganho pelo norueguês da Subaru. Ele só foi campeão mundial uma vez. Depois dele, o domínio foi seu.

Segundo estágio: Jari-Matti Latvala. Terceiro: Latvala. Porra! Dá onde ele surgiu?

Pã-pã-pãããã (não, não é o tema da vitória! Esse é o barulho do motor antes de você.... pegar um banco de neve).

O jovem de 22 anos leva o troféu. Bate o recorde do mito Henri Toivonen - que ganhou uma prova em sua 24ª primavera.

O campeonato está assim: você, dez pontos. Um pirralho finlandês: dez pontos. Outro pirralho finlandês: dezesseis pontos. Só que o pirralho que está empatado com você terminou em segundo em Monte Carlo, o que dá a ele a segunda posição do campeonato.

Você vai para o México, e está cheio de vontade de ganhar.

A prova começa amanhã. E hoje, durante o shakedown, você troca o motor. E recebe cinco minutos de penalidade. Repito: a prova começa AMANHÃ.

Claro que sua equipe volta atrás, recoloca o motor original e bye-bye penalização. Mas como você está agora? Sentindo-se como o Simba, do Rei Leão? Está com vontade de dar as costas ao mundo?

Ah, não se esqueça: seu nome é Sebastien Loeb.

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