Existia uma marca que, caso anunciasse sua saída do rali - tá, o blog vai aderir à grafia em português do nome do esporte, me deixaria extremamente chocada. Assim como a Subaru, a saída desta marca do meio de competições internacionais teria, além do baque por suas grandes conquistas e seu nome já tradicionalíssimo, um grande apelo emocional.
Ontem, a Mitsubishi anunciou sua saída do Dakar, bem com do mundial de Cross Country. Era uma notícia esperada? Da minha parte, não.
O argumento é o mesmo que o de várias outras montadoras japonesas: é a crise. a diferença crucial é que Honda e Subaru vinham em um processo de decadência impressionante. A Suzuki ficou apenas um ano no WRC, mas com resultados aquém do esperado - porém, continua no J-WRC, campeonato de acesso ao Mundial de Rali, no qual já tem uma grande tradição.
Em todos esses casos, defendi que a crise era apenas um bode expiatório. O motivo principal seria o péssimo desempenho. Com a Mitsubishi, a história é outra. Tirando o fiasco do último Dakar, ela sempre foi top neste rali, sendo a maior vencedora - 12 vitórias. Foi absoluta entre 2001 e 2007. Tinha em suas mãos a melhor dupla da atualidade - Stephane Peterhansel e Jean-Paul Cottret. Além deles, Luc Alphand e Hiroshi Masuoka também figuravam entre os melhores do rali - o primeiro venceu em 2006; o segundo já tinha o bicampeonato, títulos conquistados na primeira metade desta década (já me disseram que o clima na equipe era de despedida do japonês. Começo a pensar se não era um adeus coletivo...)
Por isso, considero a saída da Mitsubishi mais preocupante que a das outras. Ela não tinha motivos relacionados ao seu desempenho - apenas financeiros. Tornando o Lancer mais forte, conseguiria novamente o título - embora eu ache que seria uma disputa boa com Gordon, BMW e Volks.
Aqui pelo Brasil, o Detlef já disse ao Tazio que nada muda.
Acho que veremos uma Pajero Evolution andando por terras tupiniquins...
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
O adeus da Mitsubishi
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 15:00
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