"Que bonitinho!"
Deve ter sido mais ou menos essa a minha reação quando ouvi, pela primeira vez, Mallu Magalhães. É inegável que suas musiquinhas são fofas, doces, e gostosas de serem ouvidas. Mas daí a tudo que está acontecendo?
Para quem vive no mundo da lua nos últimos meses, vou explicar rapidamente: Mallu Magalhães, nascida Maria Luíza, lançou meia dúzia de músicas na internet, disse que tinha influência de Johnny Cash e Bob Dylan e pronto! Virou o hype da temporada. "Tchubaruba" virou hit. Coisa que não aconteceu com "Get to Denmark", que eu achei muito mais legal, mas não importa.
Há poucos meses, a guria - esqueci de falar: ela tem 16, igual ao João Alberto, que era o maioral, um cara legal, tinha um Opala metálico azul e era o rei dos pegas na asa sul - lançou seu primeiro CD. A capa é fofa, igual às músicas iniciais, igual a ela. Comprei e gostei do sonzinho. Diferente daquelas músicas que estavam na internet - que também se encontram no disco -, continuando naquele ritmo meio folk. Gostei, principalmente, da melodia das últimas músicas, que me lembraram um pouco o Damien Rice. No geral, aliás, todas as faixas são gostosinhas. Não curti "You know you've got", é um saco. As rimas são um saco - aliás, putaquepariu, qualquer palavra que soa como shoe ela rima com blues! Cacete! - e a pronúncia dela não convence - ruou? Seria world?
Acontece que, por mais que eu tenha o CD e ouça de vez em quando, Mallu Magalhães encheu demais! Cansei de ouvir falar sobre ela aqui, ali, acolá! É chato pra cacete! Principalmente porque, pelo que parece, ela parece ser muito mais mais daquelas atitudes "vamos dizer não ao sistema" do que cantora. Quer dizer, ela teria mesmo conquistado adeptos Brasil afora se não falasse que tem influência de Johnny Cash e Bob Dylan? (não, eu só achei bonitinho, mesmo). Imagino que meio mundo vai falar "Uau" quando ler o que ela falou na Rolling Stone deste mês.
(RS: Você está em semana de provas na escola?
MM: Foi semana passada, só que não consegui fazer algumas. A de química, deixei em brnco. Fiz um desenho conceitual, daí tirei zero. A de física, eu nem tentei, só escrevi um poema. Daí eu falei pro professor que não estava conseguindo fazer, que não tive tempo de estudar e estou com dificuldades em lidar com a pressão das provas. Meu sangue está realmente desinteressado. Minha memória é muito seletiva, minha cabeça é voltada para outros pensamentos, e não para conceitos impostos. E estou com dificuldade em lidar com o elemento autoridade).
Eu achei uma merda. Mas muita gente vai achar fantástico, menina cabeça pra caramba. Não acho que isso seja cabeça. Pode ser imaturidade, não saber lidar com toda essa história de conciliar fama e escola. Mas nada cabeça. "Desenho conceitual" porque a "cabeça é voltada para outros pensamentos, e não para conceitos impostos"? Blá, blá. Santa paciência!
Então, é isso: Mallu Magalhães é fofinha. Suas músicas são gostosinhas. Mas ela é um saco total.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Encheu o saco
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 23:20
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3 comentários:
De boa... essa mina é um porre, não? Chata pra caralho, com umas idéias loucas.
Prefiro a Madonna, mesmo, que verei no sábado... hehe.
Hehehehe...
Não tem como negar que pela idade que ela tem e pelas saus músicas que a Mallu é boa pra caramba...
Mas tenho que admitir: "Ela é um saco total".
Bjo Amandinha...
Qualquer criança de 6 anos canta igual a ela. Tem TAANTA gente mais talentosa nesse Brasil. Tanta gente autêntica. Cara, quero ver daqui a um tempo, quando finalmente todos se encherem dela, o que ela vai ser da vida. Tá muito deslumbrada com a fama e o ser mais burro é esse, que acha que não precisa estudar porque a música vai dar futuro.
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