Foi minha mãe que veio com a expressão.
Relatava a ela os nicks do msn de várias pessoas ligadas ao rally: Cancelado, cancelado, cancelado,... Nesse momento ela surgiu com isso: vai ser um janeiro inédito. E vai mesmo.
São trinta anos. Trinta janeiros. Trinta Dakar(s)(es)(?).
Em 1978, Thierry Sabine se perdia no temido deserto do Ténéré. Passou três dias no deserto, sozinho. Tempo suficiente para prometer que, se saísse vivo dessa, organizaria seu próprio rally. Foi achado por um helicóptero e, em dezembro daquele mesmo ano, largou seu primeiro Paris-Dakar. Ainda naquelas época, carros, motos e caminhões corriam na mesma equipe, e o grande vencedor foi Cyril Neveu, a bordo de uma Yamaha.
Em 80, grandes marcas como BMW, Volks, Lada e Yamaha já tinham suas próprias equipes, e o número de inscritos saltou de 182 para 216.
Anos depois e o número ultrapassa 500, em um rally em que até princesas já correram.
E, pela primeira vez, ele não largará. Não terá Iritrack, "já chegaram?", "cadê eles?", brigas com emissoras, gastrite, "estar-se preso por vontade", nada. Um janeiro inédito.
Se vai ser legal? Tenho minhas dúvidas.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A quarta e última parte d'O cancelamento - Janeiro Inédito
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 23:06
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