domingo, 14 de setembro de 2008

Uma prova de garotos

Acho que ninguém botava fé em Vettel. Eu não acreditava que o guri fosse ganhar, não mesmo.

Foi de ponta a ponta. Na coletiva, ele estava sem palavras - ironicamente, falava feito uma matraca. Não precisava falar nada, rapaz. Não era necessário. Aliás, não era possível. Acho que existem momentos que são indizíveis - puta merda, que palavra linda essa! Acho que vou começar a usá-la com mais freqüência, eu costumo usar indescritível, mas ela é fraca demais. Enfim...

Mas o que eu falava?

Ah, sim. Esse é um desses momentos indizíveis. Não digo pra nós, pessoas que assistem de fora e falam "uau, ele ganhou" e depois saem para almoçar. Mas para ele, principalmente. O cara pergunta: "e como você está se sentindo agora?" Feliz, radiante? O que esperam que esse garoto responda? É indizível.

Em segundo, lá estava o finlandês da McLaren. Não, o cara não fez uma puta corrida, não vou ficar falando isso. Sou realista, já disse, no começo eu nem acreditei que ele ganhou na Hungria. Largou em segundo e chegou em segundo, nenhum mérito nisso. Era mais - tá bom, ou menos - que a obrigação dele.

E o terceiro colocado, Robert Kubica. Esse sim, um feito, porque o cara largou da décima primeira posição. Acho que ninguém mais tem dúvida do talento do polonês.

E teve Hamilton. Hamilton, que largou da décima quinta posição e foi terminar em sétimo, depois de fazer uma corrida muito boa. O inglês é um daqueles caras que chega lá e faz. Ele não tem medo. O cara é bom - poxa, que descoberta fascinante! (se bem que, cara bom tem um monte. Lewis Hamilton é foda pra caramba!)

O pódio mais novo da história, o piloto mais novo a ganhar uma corrida, o que ficou pra mim foi exatamente isso, os jovens da Fórmula 1 atual. Coisa que um mundo de pessoas já deve ter falado, que eu mesma já disse algumas vezes, mas que é bom lembrar de vez em quando. Essa nova geração está vindo com tudo. E a corrida de Monza é uma grande prova disso.

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