O IRC significava a volta do Brasil ao cenário mundial do rali de velocidade. Era um passo importantíssimo e tudo deveria ser feito com perfeição _ninguém gostaria de ver uma reprise do WRC de 1982.
Assim seria, assim foi. A organização não deixou a desejar e a prova foi um grande sucesso.
Mas neste ponto algo já estava errado. Muitos perceberam, ninguém comentou: tínhamos apenas 20 duplas brasileiras inscritas.
Vinte duplas parece muita coisa. Mas pegue este número e divida por cinco categorias (N4, A6, N3, N2 e N2 Light) e você terá uma média de quatro carros por divisão.
Na N3, por exemplo, eram dois carros. Na N4, três. A A6 é a que tinha o maior número, seis. Muito ou pouco?
Em outubro do ano passado teve a última etapa do Brasileiro, também em Curitiba. Na N4 eram cinco. Na N3, quatro _o dobro deste ano. Categorias muito caras? Ok, vamos baratear. Na A6 eram onze. Na Light eram 14 _neste ano, três. A N2 tinha o quórum menor, seis _agora eram cinco.
Saíram de campo personalidades cmo Ulysses Bertholdo _problemas de pagamentos com a Chevrolet_ e Édio Füchter _Mitsubishi tirou o patrocínio. Dois grandes nomes do rali brasileiro fora da principal etapa do ano.
Onde eu quero chegar com tudo isso?
Assim que acabou o IRC, muitos já falavam da etapa brasileira de 2010 e na probabilidade do WRC por estas bandas _seguindo o rodízio de etapas estabelecido, seria em 2011.
Estamos crescendo no cenário mundial. Mas o cenário brasileiro está, de novo, encolhendo rapidamente.
Sempre defendi o crescimento do Brasil perante os ralis internacionais. Agora, tenho minhas dúvidas. Porque de nada adianta termos etapas de mundial por aqui se o rali nacional está minguando. Consertemos primeiro as coisa aqui dentro. Aí sim podemos nos preparar para voar longe.
terça-feira, 10 de março de 2009
Sobre o Brasil e o mundo
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 23:50
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