segunda-feira, 23 de julho de 2007

Como?

Fábio Seixas foi curto e rápido, mas disse tudo.

Novo ponto turístico

Ontem fomos levar meu pai ao aeroporto Congonhas. Como era de se esperar, a entrada do aeroporto estava lotada de carros de TV. Deixamos-o na área de embarque e seguimos. E enquanto andávamos, a quantidade de carro estacionada ia aumentando cada vez mais. A certa altura, um aglomerado de pessoas e mais alguns carros de reportagem. Do outro lado da avenida, o prédio da TAM.

Não acredito que ao menos metade daquelas pessoas sejam parentes de vítimas do acidente ou qualquer coisa assim. Fico imaginando, após o almoço de domingo, o pai virando para o filho e falando: Vai se arrumar, filhão, que agora nós vamos ver o acidente! E lá vai a família inteira se debruçar na grade para ver melhor os destroços. Se possível, vão até tentar chegar mais perto. E depois vão falar todos orgulhos que sim, eles viram o local do acidente. Assim como quem fala que foi ver tal exposição ou tal jogo de futebol em que seu time goleou o outro.

Pois é, eu também vi o local do acidente. E não me sinto nada orgulhosa por isso.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Algo sobre o Pan II

Oscar Schmidt vaiou os atletas estrangeiros na ginástica artística. Como esportista, ele deveria ser o primeiro a puxar a bater palmas para os ginastas. Não cheguei a acompanhar a carreira dele, mas pela sua atitude me veio a mente um jogador de basquete que não media limites para fazer uma cesta.

Não falo isso porque ele poderia desconcentrar os competidores. Simplesmente me decepciona ver um ex-atleta brasileiro pedir para que os outros fracassem. Como torcedora, prefiro que nossos atletas ganhem por serem melhores que os outros, e não porque os outros cairam.

Outra coisa: me chamou a atenção na Folha de ontem o texto de Carlos Heitor Cony. Graças a Deus tudo parece estar correndo bem no Pan. Mas continuo sustentando a tese de que o Brasil não tem condições de sediar uma Olímpiada. Não podemos esquecer que a organização para o Pan-Americano não poderia ter sido um desastre maior. E sinto muito, Cony, mas acreditar que resolverão o problema da Baía de Guanabara para sediar os Jogos Olímpicos é crer que na Páscoa um coelhinho virá trazer seus ovinhos de chocolate.

Algo sobre o Pan

Não, não resolvi, de uma hora para outra, amar o Pan-americano. Continuo achando o orçamento absurdo, o atraso das obras um absurdo, a maneira como tudo foi feito um absurdo total. Mas temos atletas brasileiros que se esforçam para representar o Brasil, muitas vezes em condições não muito boas (afinal, existem alguns esportes que não dão lucros, então não merecem seu lugar ao sol, né, César Maia?). E é por eles que eu assisto algumas partes dos Jogos. E não posso deixar de sorrir a cada medalha que o Brasil ganha. Mas existe um esporte que deixou meus olhos cheios de água, e nem era tão necessário que fosse um brasileiro para que eu esboçasse um sorriso.

Tudo isso talvez porque desde pequena aprendi que vida de ginasta é difícil pra cacete. Não, nunca fiz ginástica artística na minha vida, apenas ensaiava algumas estrelas, paradas de mão com e sem apoio, giros na barra e, mais recentemente, mortais no colchão. Mas sempre quis fazer mais do que isso, e ouvia que ginasta sofre. E com o tempo aprendi que era uma grande verdade, e comecei olhar ainda com mais admiração aquelas meninas que saltavam e piruetavam. E minha paixão por esse esporte crescia cada vez mais.

E por isso passei tanto tempo vendo as provas de ginástica. Para falar um "uau" para cada série bem feita e um "putz" para as quedas. Porque entendo quando a Laís Souza fala que na ginástica torce-se para o adversário.

Para todos os atletas que batalharam, batalham e batalharão tanto nesse Pan, parabéns. Acho que todos devem ser aplaudidos, mesmo que não levem nosso país ao pódio. Porque tenho certeza que esses atletas estão dando o máximo de si. E um parabéns especial para a equipe de ginástica artística por tudo.

Aliás, acho que nada me emocionou mais quanto Victor Rosa após a primeira vitória de Diego Hypólito. E esse mesmo Victor também me fez rir quando comparou as muletas às barras paralelas, me fazendo lembrar de quando era criança e sonhava em ser uma ginasta.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

"Então, Marta Suplicy.... é agora que a gente relaxa e goza?"

Tirei a frase acima de um comentário em um blog. Achei perfeita para o momento.

Chego em casa, tinha acabado de sair do cinema e comprar o nem tão novo CD do Damien Rice. Aí minha avó nos recebe aflita e pergunta: "vocês souberam do acidente?" No mesmo momento penso que aconteceu alguma coisa na Régis Bittencourt, um carro bateu, a pista está interditada. Perguntamos que acidente. Ela responde: "Um avião derrapou na pista, atravessou a Washington Luis e bateu no prédio da Tam."

Sinto o sangue ferver. Ligo a tevê na GloboNews. Cada vez que falo, sinto minha voz tremer de raiva. Não encontro nenhuma palavra que seja forte o suficiente para definir esse acidente. Sinto asco dessas merdas de autoridades que falam que tudo isso é consequência da prosperidade do Brasil. Fazem umas obras na base do cuspe, inacabadas, e dá nisso!

Viajo sempre de avião, sempre consegui contar até dez e respirar fundo para as horas de atraso, mas isso não dá para engolir. Mas a Marta mandou a gente relaxar e gozar, não é mesmo?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Onze

Foram onze os carros que largaram em Joinville, no Brasileiro de Rally Cross Country. Número triste, mas não é o fim. Foi uma prova curta, mais ainda por causa da chuva. Teve carro chegando a 172 Km/h.

E palmas para a equipe Mitsubishi Racing, que fez dobradinha nessa corrida!! (Guilherme Spinelli e Marcelo Vivolo em primeiro, Ingo Hoffmann e Lourival Roldan em segundo)

That is all, folks!

terça-feira, 10 de julho de 2007

E eu não sabia

Sinto-me uma desertora.

Abro o site da Vipcomm, assessoria de imprensa do Rally dos Sertões, e vejo que Carlo de Gavardo vai competir nos carros. Olho para o meu pai com cara de espanto e dou a notícia. Ele, com toda a sua calma, me pergunta: "Você não sabia?"

Não. Eu não sabia. A data da notícia, 29 de junho. E eu não sabia.

Aí me toquei quão distante tenho andado do rally, um esporte que faz parte da minha vida desde que eu me entendo por gente. Não sei a classificação do Brasileiro de Cross Country, tampouco sei a quantas anda o mundial. WRC? Apenas suponho que, como sempre, Sebastien Loeb esteja liderando. Nem no Brasileiro de Velocidade sei como estão as coisas!!

Pois é, mas acho que não importa o quanto eu esteja por fora da situação atual do rally. Esse esporte sempre fará parte da minha vida (ok, meio piegas isso, mas é mais verdade do que muita gente imagina). Então resolvi que, pelo menos, vou colocar aqui a classificação dos dois campeonatos que eu sempre acompanhei com mais frequência:

WRC - liderando, o emburrado Marcus Groholm (que não deve estar mais tão emburrado); em segundo lugar, Sebastien Loeb (levando em conta que ele está a nove pontos atrás de Groholm e que ele é o campeão das últimas temporadas, penso que logo logo ele assume a ponta); e em terceiro lugar, o garotão que deixou Groholm comendo neve lá nos países nórdicos: Miko Hirvonen.

Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade - na N4, Édio Füchter e Lelo Perdigão, como era mais do que óbvio, seguidos por Marcola e Sérgio Pereira. Em terceiro, Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo.

Na A6, não, não é Luis Tedesco que lidera. O primeiro lugar está nas mãos de Rafael Tulio e Gilvan Jablonski. Tedesco e Bruno Mega ocupam a segunda posição, cinco pontos atrás de Tulio. E em terceiro, Brustolin e Cocenello.

N2: Fábio Dallagnol e Marcelo Dalmut lideram com 100% de aproveitamento. Ulysses Bertholdo e Sidinei Broering vem em segundo, seguidos pela dupla de irmãos Marlon e Joseane (finalmente uma mulher!!) Koerich.

É engraçado ver como o sul domina o campeonato. Grande número dos competidores vem do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. E das oito etapas, seis são divididas igualmente entre esses três estados.

Bom, acho que chega de blá-blá-blá. Só lembrem-se que esse final de semana temos a terceira etapa do Brasileiro de Cross Country em Joinville.

Ah, sim! De Gavardo correrá com uma S10 na categoria Production. O carro está sendo preparado em Santa Catarina pela Offlimits, de Luis Haas.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O acidente

Não comentei aqui porque ainda não havia visto a cena (atrasada, eu sei). Mas acabei de assistir... achei no mínimo impressionante.

Estou falando do acidente de Ernesto Viso na GP2, em Mangy-Cours. Ele achou que era um carro com asas, como diria um amigo meu. Robert Kubica com certeza se sentiu pequeno diante desse acidente. Pra quem não viu, assista no youtube.

Uma semana

Um dos meus primeiros posts nesse blog foi sobre os Jogos Pan Americanos. Sim, aqueles que vão começar daqui a uma semana, mais precisamente no dia... 13 de julho, uma sexta-feira. E aí abro a Folha de S. Paulo de hoje e está lá: a prova de remo poderá ser decidida pela poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Lembro-me que quando começou todo esse negócio do Pan, falavam em despoluição da Lagoa, desenvolvimento do transporte público carioca, algumas coisas desse tipo. Pois é. Aí vem Vossa Excelência senhor Carlos Arthur Nuzman e faz questão de falar que "esta é mais uma demonstração de que o CO-RIO está cumprindo os compromissos assumidos na fase de candidatura do Rio de Janeiro, e um legado a mais que os Jogos Rio 2007 deixarão para o movimento olímpico das Américas". A demostração de compromisso é em relação ao fornecimento de uniforme para mais da metade das delegações do Pan por parte da Co-Rio e da Olimpikus. Com certeza é bastante louvável isso. E sabe o que seria mais louvável, senhor Arthur? Pensar no que o senhor está fazendo no Brasil em vez de ficar fazendo marketing no exterior!! O senhor deu passagem grátis para trocentas mil pessoas, uniforme, e a Vila Pan Americana está em obras ainda. Ah, é. Mas relaxa, ainda falta uma semana para tudo começar.

Também seria legal se todos os dirigentes falassem a mesma língua. Quando Orlando Silva, Ministro do Esporte, foi dar uma palestra na FMU, falou muito no legado esportivo e social do Pan. Parece que Cesar Maia tem uma idéia diferente: depois de chegar à conclusão de que natação não é rentável, ele está "pensando em criar uma base para que sejam disputados jogos de tênis, além de shows" no Parque Aquático Maria Lenk. Claro. estamos em um mundo onde antes de qualquer coisa vem o dinheiro. Ou alguém ainda acha que brigou-se tanto pelo Pan Americano para que o esporte no Brasil crescesse?

Não torço pela ruína total do Pan. Quando começou essa história, até pensei em assistir às competições de ginástica olímpica. Mas não dá para apoiar uma palhaçada como essa. Só me corta o coração ver os atletas e o povo brasileiro sendo vítimas desse circo todo.

Na Caros Amigos desse mês, temos uma entrevista muito boa com José Trajano e Juca Kfuri a respeito dos Jogos Pan Americanos.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Mangy-Cours

Ok, ok. Dias e mais dias sem nem aparecer por aqui. E talvez eu esteja um pouco atrasada para falar sobre o GP da França, mas quem liga?

Na verdade, o último Grande Prêmio realizado em Mangy-Cours foi coadjuvante na minha manhã de domingo. Não assisti à largada. Vi uma parte da corrida, enquanto fazia a mala. E na chegada, já estava na recepção do hotel.

Lembro do Fernando Solano, no sábado, falando sobre a pole. Felipe Massa largaria em primeiro e, só pra gente ficar mais feliz, Fernando Alonso partiria em último (depois meu pai falou que não, que ele largaria em décimo). E, claro: Lewis Hamiltom largaria grudado em Felipe, na segunda posição.

Pois é. Ficamos tão de olho em Hamilton que achamos que Kimi Raikkonen largar bem e pegar a segunda posição não era nada, ainda deveríamos ficar de olho no Lewis. E deu no que deu. Pit stop, Raikkonen bota trocentos segundos em Massa, pit stop, Kimi sai na frente. E pega o pódio. Kimi é meio inconstante demais, mas talvez agora as coisas melhorem para ele. Quem sabe?

Destaque para os pegas entre Heidfeld e Alonso e Fisichella e Alonso. E para a BMW Sauber, em quarto e quinto lugar (Kubica e Heidfeld, respectivamente).

E para fechar, o maravilhoso pit stop de Christijan Albers: além de atropela um mecânico, levou consigo a mangueira, como vocês pode ver aqui.