"Adeus, adeus, adeus... palavra que faz chorar" - Noel Rosa
Alguns podem dizer que tanta comoção é exagerada, já que, tecnicamente, Loeb não deixará o WRC agora - inclusive tem chances de ser deca-campeão (???) ano que vem, mesmo correndo umas 4, 5 provas.
Mas fato é que 2012 marca o fim de uma era. Talvez não uma era com disputas acirradas e carros à Grupo B, mas uma era em que vimos a evolução de um verdadeiro gênio do rali.
Loeb brilhou não só no WRC. Mostrou valor também nas pistas, chamou a atenção de gente especializada em asfalto e já pode ser coroado com um dos melhores pilotos da história do automobilismo.
Para quem acha que Loeb só é muso desse blog por causa da beleza, charme e sedução, engana-se. Loeb é soberano. Bateu recorde atrás de recorde no Mundial de Rali, foi campeão mesmo tendo quebrado o braço antes de terminar a temporada, mostrou que quando se é Loeb, não precisa forçar para ficar acima da média.
Pode ser que seu tipo de pilotagem não agrade todo mundo. É compreensível. Já ouvi relatos de que a pilotagem dele é tão perfeita que começa a ficar sem graça depois de um tempo. A perfeição tem esse defeito: encanta, mas faz as coisas ficarem um pouco sem graça.
Mas mesmo que o WRC já não tenha ar de surpresas há anos por causa exatamente dele, não existe quem não lamente, pelo menos um pouco, a aposentadoria de um ídolo desses. A partir do ano que vem, uma nova história começa a ser escrita no campeonato. Melhor? Pior? Só o tempo vai dizer. Mas uma coisa eu sei: por muito tempo ainda sentiremos falta de algo, e esse algo responde pelo nome de Sebastien Loeb.
PS: Nenhum piloto consegue ser tão bem-sucedido sem um grande navegador. Daniel Elena merece boa parte dos louros desses nove campeonato. Afinal, para chegar até onde Loeb chegou, só com um gênio como Elena do lado.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Quando um MUSO se aposenta
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 16:33
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Um comentário:
É Mandy, Tião fará falta realmente ao WRC. Por mais que achemos que o nível de competição possa se equilibrar sem ele, vai ficar faltando algo. É o fim de uma era. Que aproveitamos esses últimos eventos que ele participará. E que ele, pelo amor de Deus escolha a Argentina como um deles (é difícil) pra poder vê-lo in loco
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