Eu tinha uma amiga que uma vez chegou com uma teoria sobre os porcos. Eu não lembro do blábláblá todo, mas tinha alguma coisa a ver com Atlântida e porcos serem mutações genéticas de seres humanos. Ou seres humanos serem mutações genéticas de porcos. Algo assim.
Essa amiga tinha um amigo que comprovou "cientificamente" o fato (sim, a história fica melhor). Ele "descobriu" que carne humana e carne de porco, vejam só!, têm o mesmo sabor! Óbvio que poderíamos passar horas formulando perguntas sobre isso, por exemplo: como ele concluiu isso? Ele é uma versão brasileira do Sweeney Todd? Amanda, por que você convive com essas pessoas?
Mas vamos focar nos porcos.
O que importa é que, depois de toda essa magnífica história, essa amiga terminou concluindo que presunto tinha um gosto ruim. Fim da história.
Passaram-se anos e anos e anos. Até que, alguns meses atrás, essa pessoa que vos escreve estava inocentemente cozinhando alguma coisa, fazendo um sanduíche, enfim, derramando seu inacreditável talento culinário na cozinha. A receita envolvia presunto. E eu, mais inocentemente ainda, peguei um fatia e pus na boca (#Nigellafeelings). Eis que uma sirene começa a tocar no meu cérebro: "presunto tem gosto ruim, presunto tem gosto ruim, presunto tem gosto ruim". E assim foi até que eu cuspisse toda a carne e ficasse ali, parada, pensando que, pela primeira vez, eu havia realmente sentido o gosto do presunto e, caramba!, aquilo era muito ruim.
E essa volta toda foi só pra falar que, desde então, quando eu abro a geladeira para fazer um sanduíche, eu pego o queijo e deixo o presunto de lado.
(Aqui está o único texto que achei sobre a tal teoria, um oferecimento do Deus Google)
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Uma crônica sobre presunto
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 21:51
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