sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eu e Reserva: um caso de amor

Assim como na música de Ângela Rô Rô, meu grande amor apareceu assim, bem de repente. Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente.

Foi em uma tarde de um dia de semana. Assistimos a Medianeras, que o povo fala que é filme de gente cult, porque todo filme fora do circuito de Hollywood é cult, mas eu e meu grande amor não nos importamos e gostamos de ver filmes cult, especialmente os franceses, já o meu grande amor foi adotado pelo povo que fala "quero dar pra você" de um jeito bonito.

Assim, sem hora marcada nem nada, meu grande amor me conquistou - e como se ainda duvidasse do amor que surgia, meu grande amor me ganhou definitivamente pelo estômago, ali na Pain de France.

Eu ainda me recuperava do grande choque que fora a morte de um outro grande amor, que - me desculpe, Ângela - durou muito menos que o tempo que mereceu. Foi embora assim, nem tão de repente, mas dolorido. Era um amor meio alternativo, e às vezes ficávamos noites adentro acordados. Mas acabou.

E veio ele e seus filmes franceses, seus quiches. De dia de semana ele assume um humor que me lembra excursão de velhinhas pela Europa; aos sábados e domingos ele quer festa, agitação, uma coisa mais moderninha.

Um grande amor que chegou assim, como as canções, como as paixões, as palavras.

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