sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A equação inversa das adaptações

Eu não tenho nada contra adaptações de livros para o cinema.

ABRE PARÊNTESIS
Ok, talvez isso seja só meia verdade. Ou 1/3 de verdade. Porque eu sou chata pra caramba quando se trata de roteiro adaptado, e minha chatice é dividida em duas categorias:

#1 - livros que eu li, o que significa que vou ficar o tempo todo comentando sobre como tal fato não era assim no livro e blá, ou ficarei roxa ao tentar guardar tais observações pra mim. O que importa é que nunca ficarei exatamente feliz com isso, com exceção de O Senhor dos Anéis, cujo filme conseguiu diminuir a chatice de Frodo em 3434%;

#2 - livros que eu não li, e aí a chatice acontece porque não são dois ou três filmes com roteiro adaptado. São dezenas deles que surgem a cada temporada, uma coisa incrível. Parece que já nem existe mais roteiro original, é tudo baseado em livro. Chega um momento em que isso irrita. Tirando, claro, os livros que já são escritos como um roteiro de cinema, com o propósito de ir parar nas telas o mais rápido possível.
FECHA PARÊNTESIS

Então eu tenho muita coisa contra adaptações de livro, mas ignoro e vou lá assistir aos filmes.

Aí você descobre que um filme como A Ilha do Medo, por exemplo, foi baseado em um livro. E já que você achou o filme bacana, com direção boa e atores legais, foi lá ver qual era a do livro. A decepção: o livro é ruim, tão ruim que você não conseguiu ler mais que algumas ṕáginas e desistiu de comprar.

Foi a descoberta de uma nova modalidade. Livros que você não sabia da existência e que foram alçados a possíveis bestsellers porque inspiraram um filme dirigido por, sei lá, Spielberg. Só que os livros, a despeito da qualidade dos filmes, não são lá muito bons.

A situação se inverte: se antes a gente lia os livros e ficava na dúvida se ia gostar do filme (#HarryPotter), agora nós achamos o filme bacana e ficamos com medo de ler o livro.

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