Quando o piloto é fatal para sua própria carreira

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De todos os incidentes deste fim de semana, o capote de Jari-Matti Latvala foi o que mais me impressionou.
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Não pelo acidente em si, pois esse só vi agora há pouco. Mas sim pelo fato de Malcolm Wilson, chefe da Ford, ter colocado em xeque a permanência do finlandês na equipe.
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Latvala já foi dito como um grande piloto. Venceu na Suécia no ano passado e tornou-se o piloto mais jovem a ganhar uma prova do WRC. Mais do que isso: bateu o recorde que antes pertencia à maior promessa não cumprida do esporte a motor, na opinião desta blogueira.
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Tenho para mim que, caso não tivesse morrido, Henri Toivonen entraria para o grupo de maiores pilotos de todos os tempos. Diziam que se ele não conseguisse pilotar o Lancia Delta S4, nenhum outro pilotaria. Pois foi a bordo dessa máquina que o finlandês morreu, em 1986, durante a lendária Tour de Corse _cruelmente cortada da temporada deste ano.
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Com ele, morreu também o Grupo B, uma das categorias mais fantásticas do rali mundial. Tanto o grupo quanto Toivonen, assim como GV, saíram da vida para entrarem na história.
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Voltemos a Latvala. Vencendo com categoria em um de seus primeiros ralis como piloto de fábrica, o finlandês _a nacionalidade ajuda..._ foi dito prematuramente como um Toivonen que deu certo.
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Porém, acabou tendo rendimentos pífios ao longo da temporada. Neste ano, não representou perigo nem no Rali da Noruega, prova na neve. Nos outros dois, saiu por erro próprio e só voltou pela regra do SuperRally. Chegou ao fundo em Portugal, com um acidente que deixou seu Focus acabado.
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Latvala corre o risco de se tornar uma promessa não cumprida, assim como Toivonen. Não terá, porém, a morte como desculpa. Se o piloto, há mais de vinte anos, não pôde mostrar se realmente era capaz de ser campeão por ter sofrido um acidente fatal, o finlandês atual pode ser a própria fatalidade que colocará fim à sua carreira.
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(O acidente de Henri Toivonen, ocorrido há quase vinte e três anos. O vídeo é meio forte, então estejam preparados)