terça-feira, 11 de setembro de 2012

Onze de setembro, onze anos depois

O dia 11 de setembro tem se tornado um dos maiores clichês do ano. É sempre a mesma coisa: onde você estava, com quem, fazendo o quê e, mais importante, como esse dia mudou o mundo. Pois hoje estava contando a velha história-sem-história (eu tinha dez anos, afinal, e ninguém ia sair contando uma coisa dessas em plena manhã de aula) e fiz, pela primeira vez, uma triste reflexão: esse foi o meu primeiro contato com essa realidade cruel do mundo.


De repente, tudo deixava de ser uma coisa cor-de-rosa para ganhar nuances de cinza. Alguém havia sequestrado dois aviões e jogado-os contra dois prédios lotados de gente. Era crueldade demais. E era real.

Depois disso, palavras como guerra e terrorismo tornaram-se comuns no dia-a-dia. Surgiu o tal do Bush que invadiu o Afeganistão atrás daquele tal de Bin Laden, que, diziam, era um dos responsáveis pelo plano pra tacar os aviões e por mais um monte de outras coisas ruins. Mas o tal Bin Laden tinha sido treinado dos EUA, era amiguinho deles em um passado não muito distante. O mundo era um lugar muito mais difícil, sujo e cruel do que eu imaginava. Até então, a ruindade do homem estava em jogar papel na rua, matar animais. Não tinha essa de matar dezenas, centenas, milhares de inocentes. Mas aconteceu. E continuou a acontecer, e continua a acontecer.

E o que ficou disso tudo? A tristeza por descobrir, hoje, que minha infância começou a acabar naquele onze de setembro.

Um comentário:

Marcelo Rosa disse...

Você interrompeu minha noite de trabalho para comprovar mais uma vez: Você é foda. (Sim EU posso falar palavrão, você não!)