segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Guia rápido (e mais ou menos útil) de Memphis

Música noite adentro, vigília e concurso de covers. A Elvis Week, em Memphis, parece ser um evento para fã nenhum botar defeito.
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Acontece que quando pousamos no Tennessee, a semana que homenageia o Rei já havia passado, e a cidade não estava tão cheia. Mesmo assim, não era difícil ver uma ou outra "reencarnação" do Elvis. Ou encontrar pessoas como Ana, a brasileira que se mudou para lá por causa do Rei do Rock.
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Não sei se tipos como esses existem pelo resto de Memphis, mas no "Complexo Presley" o que mais existe são fãs alucinados.
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"Complexo Presley"?
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Pois é. A região em volta de Graceland, a Evis Presley Boulevard, virou um verdadeiro complexo voltado a Elvis _não só no sentido de homenagem, mas mais do ponto de vista financeiro. Museus de todas as épocas da vida dele, lojas de souvenir que não acabam mais e um hotel temático, o Heartbreak Hotel. Adivinha onde nós ficamos?
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Cafona, kitsch. O hotel é totalmente Elvis. Atrás dele, um camping. E a piscina, um coração com pastilhas que formam um corte, literalmente um coração quebrado. Ele fica estrategicamente localizado. Em frente, surge Graceland, a famosa casa de Elvis Presley. Ao lado, toda a estrutura voltada a tornar Elvis o morto que mais fatura.
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Por ali tem coisa para todos os gostos. Da casa aos aviões, às roupas de diferentes épocas. E, uma das partes mais sensacionais, os carros _pessoais, usados em filmes ou com tributos ao Rei. Tudo, obviamente, pago. E terminando em lojinhas.
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Existe também uma parte que não pertence ao "complexo". Foi nesse trechinho que acompanhamos o show de Joe, ou seja lá como ele se chamava, um cover de Elvis que, embora não tenha o talento dele, é engraçadíssimo. O cara subia nas mesas e levava a galera à loucura. Pena que resolveu fazer um discurso sobre a guerra do Iraque, que fez com que os estadunidenses presentes olhassem feio para nós _e para os irlandeses e australianos.
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Mas não é só de Elvis que vive a cidade. Em nosso último dia, pegamos um carro no hotel e fomos para o centro. Pena que o circuito Califórnia-Flórida-NY ainda domine os roteiros da brasileirada, porque o centro de Memphis é um dos lugares mais sensacionais que já vi.
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Terra do legendário Sun Studios _que lançou galera como Roy Orbinson, Johnny Cash e Jerry Lee Lewis_, a cidade respira música. A começar pelo próprio estúdio, aberto para visitação e que guarda instrumentos de lendas do rock e histórias curiosas, como a de Bob Dylan beijando o chão em que Elvis pisou.
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Foi lá que comprei uma das maiores lembranças dos EUA: o CD do "Complete Million Dollar Quartet", simplesmente uma tarde de terça de 1956 em que Presley, Cash, Perkins e Lee Lewis resolveram se reunir para cantar.
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Caminhando pelas ruas, mais coisas sensacionais. Lá, existem grandes praças em que as pessoas param para ouvir bandas de jazz tocando. Bem ali na Beale Street, uma das ruas mais famosas da cidade _e que abriga uma imensa fábrica da Gibson.
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Pelas avenidas, estabelecimentos comerciais com luminosos com todo ar de cidade antiga. Pena que não conseguimos passear por ali à noite (o tempo era curto).
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Na mala, CDs, DVDs e afins _afins como lápis, bolinhas de golfe pintadas, coisas úteis assim. E um copo excepcional do Hard Rock!

Um comentário:

Adriana disse...

Que orgulho!!!!!!!!
Minha filha escrevendo um tributo ao meu ídolo!!!!!!