Ale,
os espasmos nos olhos passaram, mas a saudade não. A saudade fica, dói, corrói. Saudade é um bicho malvado.
Fico pensando se eu ia escrever pra você como (in) constantemente eu faço. Acho que não, Ou ia. Sei lá, é muito se pra pouca vida.
Tô cansando muito de mim mesma e todo esse "monotematiquísmo". Mas é bom, né? Porque assim a gente desapega alguma hora e tá livre outra vez. Livre pra que eu não sei, mas livre.
Mas por enquanto a gente só finge. Vai ao cinema, vai pro bar, vai sair por aí, vai. Mas não vai. Lá no fundo a gente fica pensando e pensando e pensando, e remoendo, e doendo.
E não é nem que vive só por viver, nada disso. É mais, mas também é menos. É menos que viver muito, mas mais que sobreviver. É complicado, só isso que eu sei.
Eu tenho ficado boa em pensar sobre a vida, melhor ainda do que eu era. Pensar sobre a distância. Sobre as despedidas e sobre a dor dela. Despedida dói, já te disse isso. Principalmente quando você se despede mas sabe tudo: pra onde ligar, pra indo ir.
É muito mais fácil escrever pra te contar essas coisas, Ale, do que pra outros tantos.
Acho que uma hora rola um basta e eu volto aqui pra falar de rali, de corrida, de cinema. Da vida, até, mas não assim. Porque tem vida que a gente fala e gosta, e tem vida que a gente fala e dói. E agora aina dói um pouquinho. Mas passa, acho. Só não tenho muita certeza.
Ufa.
domingo, 24 de junho de 2012
Lembranças sobre um mesmo tema
Mais um pitaco da Amanda Roldan às 21:34
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