domingo, 18 de agosto de 2013

Sobre os mistérios dos sites mobile

Há cerca de um mês, os metrôs de São Paulo foram inundados por caixas gigantes de madeira que pulsavam como um coração. Em uma das vezes que passei por essas caixas, decidi scanear o QR Code impresso para ver do que se tratava.

(Sim. Uma das minhas atividades preferidas é scanear QR Codes para descobrir que segredo eles guardam)

Eis que o código me direcionou para um site, aparentemente uma campanha da Becel. Tudo lindo, não fosse um detalhe crucial: a leitura da página no celular era muito ruim. Eu precisava ampliar a tela e depois ficar rolando de um lado para o outro para conseguir ler as informações. Obviamente desisti alguns segundos depois. E fiquei me questionando: por que diabos uma pessoa pensaria em uma campanha claramente feita para celulares e não desenvolveria o site para mobile?

Frequentemente damos de cara com uma pesquisa sobre como as pessoas têm navegador cada vez mais em dispositivos móveis. É um fato. Não é raro vermos gente se divertindo com seus smartphones no metrô. E o que vejo do outro lado da tela são sites dando mole na tentativa de conquistar esse novo tipo de internauta.

Nem sei dizer quantas vezes isso já não aconteceu comigo: estou no Facebook ou Twitter, pula na minha frente um link interessante. Quando vou ver, o site não é responsivo e, na maioria das vezes, desencano da leitura. Em um mercado onde o tempo de navegação também é um dado importante para se por na conta, os caras acabaram de perder uma grande chance de me impactar positivamente.

E talvez esse cara tenha um app bacana e coisa e tal. E daí? No momento em que eu vejo alguma chamada para a notícia no meu celular, não estou interessada em mudar de aplicativo, correr a timeline e achar o que eu quero ler. Nos dispositivos móveis, quanto mais simples for o caminho que me leva ao seu site, melhor - contanto que eu consiga ler o que eu quero sem fazer milhões de malabarismos, é claro.  

Experiência pessoal: já faz quase um ano que tenho o app do Mashable. Sabe quantas vezes entrei? Umas cinco. Todas por acaso.

Hoje em dia, sou viciada no BuzzFeed. Já pensei em baixar o aplicativo dos caras, mas desisti. Pra quê? A chance dele se tornar mais um peso no meu celular é grande, e o site responde muito bem ao meu celular. Então posso simplesmente clicar no link e ler a informação que quero - e, talvez, depois navegar um pouco mais por lá. A experiência com eles no celular é confortável. Não tem dificuldade, não precisa ampliar ou rolar as telas pros lados. E eu posso simplesmente clicar no ícone ao pé da página e compartilhar a info com minha TL.

E quem ganha com isso? Eu, porque acessei a informação que queria; e eles, porque garantiram o meu clique e conseguiram me prender ao site - não importa em que dispositivo eu esteja. Ponto par ao BuzzFeed!