Não, não resolvi, de uma hora para outra, amar o Pan-americano. Continuo achando o orçamento absurdo, o atraso das obras um absurdo, a maneira como tudo foi feito um absurdo total. Mas temos atletas brasileiros que se esforçam para representar o Brasil, muitas vezes em condições não muito boas (afinal, existem alguns esportes que não dão lucros, então não merecem seu lugar ao sol, né, César Maia?). E é por eles que eu assisto algumas partes dos Jogos. E não posso deixar de sorrir a cada medalha que o Brasil ganha. Mas existe um esporte que deixou meus olhos cheios de água, e nem era tão necessário que fosse um brasileiro para que eu esboçasse um sorriso.
Tudo isso talvez porque desde pequena aprendi que vida de ginasta é difícil pra cacete. Não, nunca fiz ginástica artística na minha vida, apenas ensaiava algumas estrelas, paradas de mão com e sem apoio, giros na barra e, mais recentemente, mortais no colchão. Mas sempre quis fazer mais do que isso, e ouvia que ginasta sofre. E com o tempo aprendi que era uma grande verdade, e comecei olhar ainda com mais admiração aquelas meninas que saltavam e piruetavam. E minha paixão por esse esporte crescia cada vez mais.
E por isso passei tanto tempo vendo as provas de ginástica. Para falar um "uau" para cada série bem feita e um "putz" para as quedas. Porque entendo quando a Laís Souza fala que na ginástica torce-se para o adversário.
Para todos os atletas que batalharam, batalham e batalharão tanto nesse Pan, parabéns. Acho que todos devem ser aplaudidos, mesmo que não levem nosso país ao pódio. Porque tenho certeza que esses atletas estão dando o máximo de si. E um parabéns especial para a equipe de ginástica artística por tudo.
Aliás, acho que nada me emocionou mais quanto Victor Rosa após a primeira vitória de Diego Hypólito. E esse mesmo Victor também me fez rir quando comparou as muletas às barras paralelas, me fazendo lembrar de quando era criança e sonhava em ser uma ginasta.
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