sábado, 2 de outubro de 2010

As incríveis campanhas eleitorais

Preciso confessar uma coisa: sentirei saudades das eleições.

Pronto, tenho certeza de que você, leitor, já fechou a janela dessa pobre blog abandonado. Se não o fez, tentarei explicar o motivo da minha tristeza.
Sou apaixonada por campanhas políticas desde criança. Minha mãe e meu pai podem confirmar isso. E Celso Pitta, lá do umbral, ainda deve me agradecer por ser cabo eleitoral. Porque é claro que eu cantei a música do fura-fila a torto e a direito, e achava que só isso bastava para que as pessoas votassem nele. Aliás, sem esforço eu consigo me lembrar de boa parte do jingle.

É claro que não foi só Pitta que marcou minha vida. Eymael é eterno, Levy Fidelix me emocionou quando deu tchauzinho para mim em plena Avenida Liberdade e posso dizer que até tive vontade de chorar quando Enéas Carnero morreu.

Nesse ano, me indignei com o Rodrigo – que modificou a clássica “quem sabe, sabe, vota comigo, Federal é Kassab, Estadual é Rodrigo” -, cantei o jingle mais brega de toda história – o de Celso Russomano, que também é extremamente chiclete – e, por mais chocante que pareça, ri a rodos com as propagandas do Tiririca. Porque, em época de eleição, você pode escolher dois caminhos: rir ou chorar. E, apesar de às vezes me invadir uma sensação profunda de que as coisas não têm mais jeito, eu rio. Afinal, aprendi com os ursinhos carinhosos que “onde há uma esperança, sempre há uma saída”. E eu tenho esperança.

E, se pensarmos bem, a época de campanha eleitoral é a única em que podemos dar gargalhadas deles, apesar dos palhaços sermos nós.