terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Palpite

Hoje anunciaram o óbvio: o Dacar será na América do Sul.

Uma das coisas que ouvi falar sobre a prova de 2010 é que o roteiro seguirá mais para o norte de Argentina e Chile. Ou seja: a Patagônia já era.

Mas andei vasculhando o Google Earth e descobri uma coisa bem interessante: Llullaico.

Llullaico é um vulcão localizado nos Andes, na divisa entre Chile e Argentina e próximo ao Atacama.

Meu pitaco é que, de alguma forma, devem enfiar Llullaico no percurso. E mais: acho que o dia de descanso será em Iquique, cidade costeira bem na pontinha do Chile.

A resposta deve vir entre os dias três e quatro de março, quando a A.S.O. fará coletivas em Buenos Aires e Santiago. Ou não, talvez ele façam um lançamento totalmente inútil _como o da USF1 hoje, que, no final, não teve nada de mais.

Ah, desejo pessoal: espero que os caras passem por Alto Hospicio. Ao menos eu ia rir muito quando escrevesse sobre as etapas nesta cidade.

E quanto ao Brasil, vocês perguntam. Só em 2011, e provavelmente no Rio Grande do Sul. Estou imaginando como os caras vão fazer para cortar a Argentina inteira. Vai ser legal, em 2011. Mas não melhor do que passar em Alto Hospicio.

Clarice

Eu tinha uma professora que sofria de verdadeiro amor pelos livros. Foi com ela que aprendi (mais um pouco) a também amá-los. Eu já os amava antes dela, mas não tão assumidamente.

Eu não tinha certeza se, assim como ela, também sofria de amor.

Pois hoje, quando já estava no metrô, descobri que também sofro de tal mal tão bom. Quando abri minha bolsa, descobri que minha Clarice não estava ali. Onde estaria? Na certa havia ficado na bilheteria.

Desci correndo na estação seguinte e tomei o trem na direção contrária. Meu coração já doía a dor do abandono. Sim, eu havia abandonado a minha Clarice, e nada poderia justificar este ato.

Pior que isso foi descobrir que, além de tê-la abandonado, alguma outra pessoa já se apossara dela. Que dor, meu Deus! Era como se meu coração tivesse despedaçado quando o supervisor do metrô fizera não com a cabeça.

Passou-me rapidamente pela cabeça que alguma outra pessoa, talvez alguém que não tivesse recursos para comprar livros tão frequentemente, se interessara pelo título. O pensamento foi embora tão rapidamente quanto surgiu: não poderia perdoar alguém que se apossara de um livro meu.

Deixe-me explicar uma coisa: tenho uma relação com meus livros que ultrapassa qualquer entendimento. Amo-os demais, tantos os lidos quanto os que ainda estão esperando o momento de deleite, quando serão devorados por olhos e mãos ávidos por suas palavras.

Assim que nos mudamos para o mato, coloquei-os _com muita dor, é verdade_ no chalé ao lado de casa. Ali deveria funcionar como uma espécie de biblioteca.

Certa vez descobri que o lugar estava mofando meus livros. Na mesma hora peguei algumas caixas e coloquei todos ali dentro. Depois, deitei-os no sol para que secassem e, em seguida, coloquei-os novamente nas caixas e mudei-os para dentro de casa. Foi um caos arranjar lugar para tantas letras.

Arranjaram na estante já cheia de livros. Mas meu ciúme é tanto que sonho em uma estante somente para eles, os meus livros e nada mais.

Então voltei ao metrô já com os olhos e lágrimas pelo livro perdido. Algumas estações depois, porém, lembrei-me que antes eu havia passado no banco.

Novamente dei meia volta e tomei a direção contrária. Corri até a agência como se corresse pela própria vida, e lá encontrei-a: Clarice me esperava no mesmo lugar em que eu havia deixado.

Saí agarrada a ela. Beijava-a, abraçava-a de encontro ao peito e queria dividir com todos a alegria que voltava a me consumir. Porém, ninguém sabia como eu me sentia, e seria inútil gritar apenas que Clarice novamente me pertencia. Gritei apenas para mim mesma: Clarice novamente me pertence!

Não creio, na verdade, que Clarice pertença a alguém. Mas eu pertenço a ela.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

E volta o Gronholm

Eu poderia falar do Oscar. Mais especificamente _e era isso que eu pretendia_, falar de Gus de Vant, Milk, Penélope Cruz e Sean Penn.

Mas sempre surge alguém para nos fazer mudar de assunto. No caso, Marcus Gronholm.

Marcus Gronholm e sua cordialidade que o fez ganhar o apelido de finlandês rabugento.

E o que acontece com ele, vocês perguntam. A resposta está logo abaixo _sempre cordial, como se nota.

"Está tudo bem voltar a correr. Todo mundo está olhando para mim, e talvez eu seja burro, mas me divertir e pilotar de novo, por que não?"

É, Gronholm, que se aposentou em 2007, vai voltar à ativa. Para uma prova, é o que garante o piloto e a Prodrive, por quem ele vai correr.

Mas duvido muito. E, se vocês querem saber, fiquei feliz. Porque agora vai ser muito mais divertido acompanhar o WRC.

Imagina ligar a tevê e aquele finlandês começar a distribuir suas respostas cortantes para todos os lados?

Nunca achei que ia dizer isso, mas seja bem-vindo de volta, Gronholm. Só você para transformar esse campeonato entediante em alguma coisa legal.

(Ah, sim. Ótima jornalista que sou, esqueci de comentar onde vai ser volta do mocinho: será em abril, durante a etapa de Portugal.)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Like a Virgin"

Da série "sonhos bizarros que eu tive".

Vocês já devem saber que a Virgin está com intenções sérias _pelo menos é isso que todo mundo afirma_ para comprar a Honda. Ou ex-Honda, o que vocês preferirem. Pessoalmente, ainda não boto muita fé nessa história, mas não é sobre isso que eu quero falar.

Pois essa noite sonhei que a Madonna estava comprando a equipe. É, Madonna, a cantora de "Like a Virgin". Entenderam a relação que meu subconsciente fez?

Será que o macacão viria com aqueles sutiãs de bico fino que ela usava? Ou os dois virariam seguidores da (do?) cabala?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um motivo para ir ao IRC

Ter sobrenome importante é uma coisa super difícil. Essa conclusão clichê ao extremo me veio à cabeça quando pensava nesse post _daqui a pouco vocês entende por quê.

Daqui a duas semanas Curitiba será sede da segunda etapa do Intercontinental Rally Challenge, o IRC. Este é o primeiríssimo motivo para vocês irem assistir ao rali.

Além de sentir todo o clima de uma prova tão tradicional como a Graciosa, ainda terão a chance de conhecer o ambiente de uma prova internacional, que deve ser cheio de todos os frufrus que quase não existem por aqui. Não sei, vocês me contam quando voltarem.

Achou um motivo pouco convincente?

O novo WRC será baseado em um S2000. Os veículos do IRC são S2000. Ali nos trechos de Curitiba estará, provavelmente, uma amostra muito boa do que será o WRC a partir de 2010.

Mais um?

Esse é o meu preferido. Anton Alén vai pintar por essas bandas. Reconheceu o sobrenome? Não?

Anton é filho de um dos primeiros campeões do WRC _naquela época o campeonato de pilotos era conhecido como Copa FIA de pilotos.

Mas falar que Markku Alén foi apenas um campeão do mundial é pouco. O finlandês competiu na categoria desde a criação do já citado campeonato de pilotos (1977) até 1989, vencendo 19 ralis, entre eles provas tradicionais como o Tour de Corse ou o 1000 Lakes Rally.

E agora, o que faz os olho da blogueira brilharem: ele correu no lendário Grupo B, uma das categorias mais fantásticas que o rali mundial já viu.

Verdade seja dita, eu não iria pra Curitiba para ver Anton Alén. Pode até ser um bom piloto _já venceu prova, mas seu melhor resultado no campeonato foi um quinto lugar. Mas não é com ele que eu sonho.

(Agora faço um aposto bem grande: o perigo reside aí. Porque imagine você ser filho de um cara histórico no rali. A cada minuto está querendo provar a todos e a si mesmo que pode ser tão bom quanto o seu pai. É o que as pessoas esperam de você: que seja fantástico, como ele foi. Talvez seja esse um dos motivos para eu não ter seguido seguido o ramo de co-piloto)

Mas calma. Markku Alén não confirmou se vem assistir ao filhote correr.

Mas se ele vier, esse será o melhor motivo para ir ao IRC. Não é todo dia que se encontra uma lenda solta por aí.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Priscila de volta?

Parem tudo!!

Segundo a coluna Ooops!, do Ricardo Feltrin, a Globo pretende ressucitar TV Colosso!

O programa seria transmitido no período da manhã, de segunda a sexta. O que significa que terei de passar a faculdade para a noite. Ou arranjar um aparelho que grave DVD. Ou achar meu aparelho de vídeo e encontrar uma fita virgem _ainda existe esse objeto pré-histórico?

Para quem não sabe _isso é, ninguém que frequenta o blog, provavelmente_, Priscila e cia. ltda. fizeram parte da minha infância.

Será que não dá para cabular algumas aulas de economia?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Um adeus que dói mais que a Subaru

É uma pena fechar um dia bom como esse de um jeito tão ruim. Não só pela notícia, mas também pelo que ela reflete. Pode ser que estejam comentando por aí, mas por lealdade por uma pessoa tão querida como ele, primeiro perguntarei se posso gritar em alto e bom som o que me deixa tão chateada _infelizmente, é impossível realizar tal ação neste momento.

Mas para quem acessa esse blog e viu a minha felicidade diante da contratação e vitória de um certo piloto querídissimo por mim _e que faz parte da minha vida não somente pela televisão_, talvez entenderá o que aconteceu.

Sempre bradei pelo profissionalismo do rali brasileiro. Depois, abaixei o tom com medo de perder todo aquele contato humano tão característico das provas tupiniquins. Por fim, hoje voltei a lamentar pelo amadorismo, mas não por parte de pilotos e organizadores, pessoas competentes e a quem admiro muito. Minha tristeza é exatamente porque algumas grandes empresas enxergam nosso esporte, o meu esporte, como um centro de marketing gratuito. Literalmente, pois encaram nossos profissionais como exatamente o oposto desta palavra: amadores.

E por esse descaso, essa visão de gratuidade, que um desses grandes "amadores" se despede, mais uma vez. Para sempre, ele me afirma. Para sempre é uma coisa muito dura, mas eu também acho que é para sempre. Chega uma hora que as pessoas cansam desse joguinho que não leva a nada. Do que adianta ser campeão se, no ano seguinte, todas as peças do jogo mudarão?

Em breve, quando me convencer que é verdade, devo concordar com ele. É hora de experimentar novos ares.

Mantenha notícias, bonitão! Aqui ou lá, quero sempre saber de suas vitórias!

E afinal...

... deu Loeb na Noruega. Óbvio. Hirvonen disse, desdisse, disse e no final acabou esquecendo a historinha da tática de sexta-feira, alegando que perdeu o rali porque Sebastião meteu o pé.

Foi uma chance perdida, digamos assim. Porque essa era a única etapa em que Loeb não era favorito: Hirvonen e Latvala tinham, na teoria, grandes chances de vitória _em 2007, Mikko venceu lá mesmo, na Noruega, em uma batalha muito boa com Marcus Gronholm; no ano passado, Jari-Matti levou o rali da Suécia.

Bufemos, pois. Porque, a partir de agora, a supremacia deverá ser de Loeb. Pode chegar alguém e acabar com a brincadeira? Vai. Vai ser hiper-mega-super-blaster difícil? Também vai. Mas o difícil não é impossível.

E quem seria esse ser? Alguém da Ford, provavelmente. Porque a Citroën não deixaria seus pilotos derrotarem seu protegido-mor.

Ah, sim. Petter Solberg chegou em sexto, atrás de Dani Sordo, Henning Solberg, Latvala, Hirvonen e Loeb, na ordem inversa. Um bom começo para este novo desafio.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Por Madri, Chicago ou Tóquio

28,8 bilhões. Por mais que tente, eu não tenho a mínima noção do que são 28,8 bilhões de reais. E, creio, ninguém que acessa - diariamente? Frequentemente? Eventualmente? - este blog consegue visualizar o que é essa quantia.

Entretanto - segundo a Folha de S. Paulo de ontem -, é esse orçamento para os Jogos Olímpicos de 2016, caso eles venham a ocorrer no Rio de Janeiro.

É mais, muito mais que o orçamento das outras candidatas - Chicago, Tóquio, Madri. Falando na linguagem monetária universal - isso é, o dólar - a capital carioca gastaria 14,42 bi. A cidade estadunidense, US$ 4,82 bi. A capital japonesa, US$ 6,42 bi. E Madri, US$ 6,13 bi. Percebem? O Rio gastará mais do dobro do segundo orçamento mais caro, Tóquio.

O maior trunfo: a Vila Olímpica. Uma coisa linda no desenho, com uma "Rua Carioca", é o que dizem por aí. E que, findada a Olímpiada, se transformará em prédios de alto padrão. Tal qual a Vila Pan-americana, que, até o começo de janeiro, quando visitei a minha cidade, estava às moscas.

Já li, também, a palavra despoluição. Foi muito usada durante as obras do Pan, resultando em nada.

E, como não podia deixar de ser, a construção de arenas esportivas no pseudo-autódromo de Jacarépagua. Porque, afinal, depois de tanto caso para construir o parque aquático Maria Lenk - eu não queria ver meu nome estampado em uma palhaçada dessa - e aqueles outros dois complexos, agora falam que nenhum deles tem estrutura olímpica. E o autódromo, que já existia em partes, irá para os ares de qualquer jeito, já que o excelentíssimo Carlos Arthur Nuzman quer levar os complexos esportivos pra frente de qualquer jeito.

No final, se o Rio for eleito, veremos um Pan-americano mais megalomaníaco - financeiramente falando, claro. Desembocará no mesmo mar que o evento americano. Só que, neste caso, com proporções mundiais.

E o povo, claro, participará ativamente da história, assim como participará da Copa, em 2014. Irá prestigiar os jogos e blá. E o evento será outro grande sucesso, e todo mundo esquecerá da grana fenomenal que foi gasta. Pão e circo.

Quando estava no aeroporto de Chicago, vi vários banners, faixas, chamem como quiser, convocando o povo a torcer pela cidade. Silenciosamente, juntei-me à torcida. Mas posso, também, torcer por Madri ou Japão. Tudo para não ver, novamente, a palhaçada do Pan-americano.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Derrapagem

Ontem, Mikko Hirvonen admitiu que tirou o pé na última especial. Por quê? Porque largar na frente na neve não é a melhor opção. O finlandês alegou que a vantagem que ele tinha para Loeb (7.3s) não compensava a dificuldade de abrir caminho para os outros.

Quer sabe? Acho que o menino se ferrou.

Porque, como já disse, o rival em questão é Sébastien Loeb. E essa história de tirar o pé para largar atrás pode até ser vantajoso em algumas ocasições. Mas não contra Loeb.

A prova disso é o final do segundo dia do rali da Noruega: o francês terminou com 15 segundos de vantagem. Nem adiantou Hirvonen brincar de gato e rato com ele.

O fato é que, quando você tem uma vantagem para Sébastien Loeb, mesmo que pequena, não se pode dar ao luxo de perdê-la. A ideia de largar na frente na neve pode não soar convidativa, mas deixar Loeb ter alguma vantagem soa menos ainda.

Hirvonen ainda tem, sim, chances de conseguir a ponta amanhã. Mas vai ser bem difícil.

Como vocês sabem, Loeb não é o muso oficial do Pitacos só por que é bonito.

Sobre a morte de McRae

Não acho que ficar cofabulando sobre a causa mortis das pessoas seja algo saudável e útil para se fazer. Há algum tempo, divulgaram qual foi a causa da morte de Aytorn Senna. Se não me falha a memória, foi a história da barra de direção. Mas eu ficava me perguntando... e daí? O que muda, realmente? Senna não está mais ou menos morto porque, trocentos anos depois, falaram do que ele morreu.

Tudo isso para dizer que, na quinta-feira, divulgaram o que causou o acidente de helicóptero que matou Colin McRae, seu filho Johnny e mais dois amigos da família. Tal divulgação não poderia ser mais inútil: a perícia não conseguiu descobrir o motivo. O que se sabe é que a licença de McRae tinha expirado em fevereiro de 2005 e que o campeão de 95 voava em condições perigosas, mantendo o helicóptero a uma velocidade alta e em uma altura muito baixa. Resumindo: o escocês foi imprudente demais no voo.

Mas qual é a real importância desta informação? Quinze de setembro de 2007 vai ser lembrado com mais ou menos tristeza pelos amantes de automobilismo em geral - e do rali, em particular - porque (não) descobriram o que aconteceu naquele dia?

Não acho. Isso não vai mudar a imagem que cada um tem de Colin McRae. Ainda mais um laudo que, no final, só faz especulações. E eu não preciso de laudos para especular.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Divagações sobre chuchus e xuxus

Peguei-me, na manhã de hoje, discutindo comigo mesma um complexo tema: por que as pessoas chamam os outros de xuxu (assim, com xis)?

Sigam meu raciocínio: a maioria das pessoas acha chuchu (com ch) uma das comidas mais sem gosto do infinito quadro alimentício. Eu gosto de chuchu, mas confesso que também considero-o sem-graça.

Então por que usar quase a mesma palavra para chamar alguém querido? Imagine que você vai chamar seu namorado de xuxu. O que você está querendo dizer com isso? Que ele é sem-graça? Sem gosto? (Se você for um amante de chuchu ou tiver suas papilas ultra-sensíveis, desconsidere esta baboseira toda)

Acho que devemos abolir a palavra xuxu do vocabulário das pessoas, a fim de evitar maiores confusões.

(Veja bem, o Houaiss já nem se deu ao trabalho de adicionar esse pseudoelogio em sua última versão)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fantástico!


A corrida é formada por trocentas baterias com quatro competidores em cada. São quatro voltas em um oval de terra a bordo de uma motinho de apenas uma marcha e sem freio.
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Cacete, foi o que pensei quando vi aqueles malucos - no sentido literal da palavra, não uma gíria como neguinho - fazendo o circuito de lado, no Speed Channel. Sim, os caras fazem as curvas literalmente de lado!
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Estou falando do Motorcycle Speedway, aka Speedway. Aka "a corrida de moto mais fantástica que já vi na minha vida!"
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Se você resolveu passar por este blog exatamente agora (20h38), corra! Ainda dá tempo! Ponha sua tevê no Speed e delicie-se com essa categoria.
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Ah, sim. A corrida é a segunda etapa do mundial, na Polônia. Segundo falaram, são 45 mil pessoas assistindo.
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Go, Solberg!

O Mundial de Rali de 2009 prometia ser uma titica. Duas fábricas, quatro equipes, Loeb/Elena dominando, disputa só do vice para baixo - Hirvonen x Sordo e as M2 batalhando vai ser legal mas, convenhamos, quem quer ver disputa para a quarta posição?
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Órfão da Subaru, Petter Solberg deixou a paixão falar mais alto. Ainda bem.
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Neste final de semana, o norueguês estréia sua própria equipe, a Petter Solberg World Rally Team - que será abreviada para WRT. Tá bom, o nome não é muito criativo, mas who cares?
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O que importa é que, em mundo dominado pelas montadoras - que entram em saem do esporte de acordo com seus cifrões -, alguém resolveu vestir sua própria camisa. Não foi por dinheiro, foi apenas por amar aquilo que faz: pilotar. E existe algo melhor do que isso, correr apenas por prazer? Pelo que parece, o norueguês pretende correr grande parte da temporada. Pode ser que a história não vingue? Pode. Ele pode não conquistar nenhum resultado? Pode. Mas será o exemplo que o mundo do automobilismo estava precisando.
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Estarei torcendo por ele. Petter Solberg tem estrela.

Além do mais, o cara soube escolher muito bem as cores de sua equipe!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sobre a descartabilidade de celulares

Nunca me falaram que celulares deveriam se encaixar no grupo de bens de consumo duráveis. Tampouco me ensinaram que tais aparelhos estavam inseridos no grupo oposto - seria o de bens de consumo imediato? Enfim...

Celulares tem se tornado brinquedos descartáveis, além de, cada vez mais, perderem seu posto de telefone móvel - do que importa falar e receber chamada se não tira fotos, grava, toca mp3, faz café, bolo de chocolate e tudo mais?

É normal ouvir por aí a frase "já estou pensando em trocá-lo". Repare no já, advérbio que indica um curto espaço de tempo. Não é por necessidade. Ostentação? Também, mas não acho que seja só isso.

O principal motivo, creio, é o que falei lá em cima: ele tornou-se um objeto descartável. Talvez pelo fato de as tecnologias estarem se tornando obsoletas com uma facilidade incrivel. Em um dos meus primeiros celulares, lembro bem, eu ficava fuçando as configurações dos toques, descobria as notas das músicas e montava, eu mesma, minhas próprias melodias. Nos polifônicos, meu conhecimento musical não permitia fazer tal descoberta. Nos mp3, então, esquece.

Mas tudo isso passou muito depressa. A tecnologia evolui muito depressa.

As operadoras também facilitam. A toda hora oferecem aparelhos com preços camaradas ou de graça.

Mas qual é o problema em trocar sempre de celular? Se você não é daqueles que se apegam às coisas, acho que nenhum. Aproveite e "troque de roupa" sempre que quiser - e puder.

Eu não sou muito assim. Pode parecer besteira, mas certas coisas marcam. Eu tinha um V3 que, quando recebia mensagem, fazia o barulho do Mário pegando as moedinhas. Mais do que isso, naquela época aquele toquezinho me fazia dar aqueles sorrisos mais bobos e davam aquelas borboletas no estômago tão gostosas. Não preciso dizer que não fiquei nem um pouco feliz quando passaram a mão no meu brinquedinho.

Ele não era o suprassumo, mas não importava muito: ele estava ali para fazer o que originalmente era sua função: servir de ponte para comunicação entre as pessoas.

Mas tenho que esse desapego, essa infidelidade aos aparelhos provocou outra tendência: meu Sony-Ericsson modernoso durou seis meses. Apagou. Tentei, em vão, ligá-lo. Não somos só nós que tornamos os celulares descartáveis. As fabricantes parecem gostar dessa nova brincadeira de bem de consumo imediato - ou não durável, whatever.

Poxa, agora bateu uma saudadezinha do meu V3...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O adeus da Mitsubishi (2)

Faltou falar uma coisa: não acho que esse adeus é definitivo. Nem longo.

Pra falar a verdade, não tenho nem tanta certeza de que, para o próximo ano, não haverá um jipinho oficial com, pelo menos, Peterhansel.

Aguardemos. Muita água ainda vai rolar.

O adeus da Mitsubishi

Existia uma marca que, caso anunciasse sua saída do rali - tá, o blog vai aderir à grafia em português do nome do esporte, me deixaria extremamente chocada. Assim como a Subaru, a saída desta marca do meio de competições internacionais teria, além do baque por suas grandes conquistas e seu nome já tradicionalíssimo, um grande apelo emocional.

Ontem, a Mitsubishi anunciou sua saída do Dakar, bem com do mundial de Cross Country. Era uma notícia esperada? Da minha parte, não.

O argumento é o mesmo que o de várias outras montadoras japonesas: é a crise. a diferença crucial é que Honda e Subaru vinham em um processo de decadência impressionante. A Suzuki ficou apenas um ano no WRC, mas com resultados aquém do esperado - porém, continua no J-WRC, campeonato de acesso ao Mundial de Rali, no qual já tem uma grande tradição.

Em todos esses casos, defendi que a crise era apenas um bode expiatório. O motivo principal seria o péssimo desempenho. Com a Mitsubishi, a história é outra. Tirando o fiasco do último Dakar, ela sempre foi top neste rali, sendo a maior vencedora - 12 vitórias. Foi absoluta entre 2001 e 2007. Tinha em suas mãos a melhor dupla da atualidade - Stephane Peterhansel e Jean-Paul Cottret. Além deles, Luc Alphand e Hiroshi Masuoka também figuravam entre os melhores do rali - o primeiro venceu em 2006; o segundo já tinha o bicampeonato, títulos conquistados na primeira metade desta década (já me disseram que o clima na equipe era de despedida do japonês. Começo a pensar se não era um adeus coletivo...)

Por isso, considero a saída da Mitsubishi mais preocupante que a das outras. Ela não tinha motivos relacionados ao seu desempenho - apenas financeiros. Tornando o Lancer mais forte, conseguiria novamente o título - embora eu ache que seria uma disputa boa com Gordon, BMW e Volks.

Aqui pelo Brasil, o Detlef já disse ao Tazio que nada muda.

Acho que veremos uma Pajero Evolution andando por terras tupiniquins...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Caminho para a Índia

Acabo de receber um e-mail do MSN Viagem com preços de passagens aéreas. Dei uma olhada nos preços das viagens internacionais. Nova York, Milão, Las Vegas, Barcelona, Paris, Lisboa, Miami (eca, eca, eca!). Querem saber a mais cara? Delhi, Índia, cujo preço chega a ser 100% mais alto que o de, por exemplo, Paris.

Humm... seria o efeito Glória Perez?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Overdose de família Cruise

Não importa o site de notícias em que você entre. Lá está: Kate Holmes diz que gostou da comida de tal restaurante no Brasil, Suri brinca na areia de tal praia no Rio de Janeiro, Tom Cruise faz xixi no Fasano.

Há quanto tempo estamos nisso? Uma semana, talvez?

Eu acho Tom Cruise lindo, Kate Holmes também é bem bonita e Suri também é fofinha. Mas já tenho até ânsia quando vejo uma foto deles. Cacete, não chega não? Babação de ovo do caramba!

Mas manterei a paciência. Afinal, Brad Pitt já anunciou que deve trazer seu time de futebol de salão + Angelina Jolie para um temporada em terras tupiniquins, enquanto grava um filme sobre algum cara que se perde em algum lugar daqui.

Aí sim vai ser supimpa, hein?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A disputa é mais embaixo

Já desisti da ideia (o blog está em um grande dilema: se adapta à novo regra ou aproveita os últimos anos da trema, acentos diferenciais, etc?) de achar que chegará um dia alguém que seja para Loeb o que Alonso foi para Schumacher - este alguém, no caso, seria Miko Hirvonen. O negócio é aceitar o fato de que Sebastien continuará nessa supremacia pelo menos neste ano e observar as disputas que rolarão mais pra baixo.


Que disputas?


Primeiro, uma boa briga pelo segundo lugar entre Dani Sordo, da Citroën, e Mikko Hirvonen, da Ford, disputa mais que óbvia, acho.


Mas estou me referindo um pouco mais pra baixo - que pode, de repente, se meter na "briga de gente grande" e lutar pelas primeiras posições. Falo das M2, espécie de times secundários. Uma disputa forte já rolou entre Henning Solberg - Stobart Ford - e Chris Atikinson - Citroën Junior Team. Quem levou a melhor no primeiro round foi o irmão de Peter.

A Junior tem dois talentos na incubadora: Sebastien Ogier e Conrad Rautenbach. Em matéria de tempo de pista, a Stobart leva vantagem: tem Matthew Wilson e Urmo Aava. Quando se fala em beleza, ponto para a Citroën: Ogier é bem charmoso e Rautenbach tem uma carinha de bebê linda. Chris Atikinson, coitado, é bem feinho, mas é 2X0 para a marca francesa, neste quesito.

Enquanto Loeb provavelmente sobrará - de novo! - neste ano, o negócio é acompanhar um pouco as outras disputas, principalmente entre os integrantes das M2. Esses, meus caros, devem trazer agradáveis surpresas para a temporada que acabou de começar.