sexta-feira, 30 de maio de 2008

O estoniano ali no meio

O primeiro dia da etapa grega do WRC contou com um nome pouco comum na lista dos cinco primeiros. Está lá: 1.Loeb, 2. Sordo, 3. Solberg. 4.Solberg, 5. Aava.

Urmo Aava, 29 anos, estoniano. Foi vice-campeão do J-WRC ano passado, a bordo de um Suzuki Swift S1600. Levou o Rally da Sardenha.

E foi na mesma Sardenha, neste ano, que Urmo pontuou pela primeira vez no WRC, ficando na oitava posição. E agora, na Grécia, está a um minuto e quinze do líder, Sebastien Loeb. A bordo de um C4, ainda abocanhou a última especial do dia.

Além de Aava, outros fatos merecem destaque na etapa de hoje.

Primeiro, a estréia do Impreza WRC2008. Ambos os pilotos parecem satisfeitos com o carro. Solberg terminou está em terceiro, sem problemas, enquanto Atkinson ficou em oitavo, tendo que percorrer a SS7 com a suspensão quebrada.

Quanto à Ford, bom... Hirvonen e Latvala não tiveram um dia feliz. Ao que parece, ambos tiveram problemas na sexta especial, e agora estão em sétimo e sexto, respectivamente.

Dia ruim para a Finlândia; bom para a Estônia.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A saga

Começou com uma idéia, virou algo um pouco mais concreto, e procura, liga, e-mail, contatos. A coisa aumenta. Esfria. Surge uma luz no fim do túnel, ela se apaga. De repente, o estalo. Liga, fofoca, ouve um "provavelmente". E aí surge um novo obstáculo, dependência de respostas e tá chegando.

Dando certo ou não, eu tenho muito que te agradecer por, desde o começo - e isso láááá em 2003 -, sempre, sempre me dar apoio. Valeu mesmo, cara!

Hora de soprar as velinhas

Há um ano eu não dava nem um mês para esse blog. Não era porque eu estava estudando pra caramba nem nada.... simplesmente achava que ele não vingaria.

365 dias depois, vejo que minhas previsões estavam erradas. O Pitacos faz um aninho de vida hoje, dia 29 de maio. Com o passar do tempo, ele foi se tornando parte da minha vida, a ponto de eu várias vezes ler alguma coisa e pensar "putz, eu tenho que falar sobre isso no blog!"

Foi um ano de piadinhas - por vezes sem graça, posts irônicos, críticas ao mundo em geral, história do dia-a-dia e, é claro, automobilismo. Cheguei até, veja só!, a conquistar alguns leitores!

Então, que venham mais um, dois, cinco anos de vida para esse pequeno blog!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Atriz-e-cantora, por favor!

Acabo de ouvir a música da atriz-e-agora-cantora Scarlett Johanson, queridinha de Woody Allen. Ela pode até atuar muito bem - eu realmente não posso dizer se é verdade, não me lembro de nenhum filme que ela tenha feito -, mas quando solta a voz....

Não que cante mal, seja desafinada ou algo do gênero. Mas definitivamente não tem gogó pra cantar! (Sem contar que o ritmo da música, Falling Down, é um saco...)

Mas pelo menos agora ela pode se gabar de ser uma atriz-e-alguma-outra-coisa, vejam só!

Indy 500

Entre um trabalho e outro, passo rapidinho aqui para falar das 500 milhas de Indianápolis, que aconteceu no domingo.

A baixa popularidade da Indy ainda me impressiona. Pegue o exemplo das 500 milhas: eram sete brasileiros correndo. Sete! Quero dizer, é gente pra caramba! E não é falar que é galera meia-boca. Três deles chegaram a liderar a prova! Como ninguém pode ligar para isso?

Tony Kanaan - que, convenhamos, é o nome mais conhecido da Indy, ao lado de Helinho - acabou pegando a parte suja da pista - Marco Andretti estava envolvido nesse incidente -, beijou o muro e pegou Sarah Fisher.

Mas o destaque brasileiro ficou por conta de outros dois pilotos.

Primeiro, Mario Moraes, que liderou a prova por três voltas. Fala a verdade, quando um guri de 19 anos pode virar e falar: "eu liderei as 500 milhas de Indianápolis!" Na Laje de Imprensa, Bruno Vicaria contou que, logo depois da corrida, o jovem pilotou o chamou no computador e falou: "Foi tesão pra caralho!" Precisa de outra coisa?

Já pro final, foi a vez de Vitor Meira. É impossível transformar em palavras o que foi aquela cena. Mas imaginem (para quem não viu): estava Ed Carpenter em primeiro, Dixon em segundo e Meira em terceiro. Em certo momento, vem Meira e costura entre os dois! Foi impressionante! Procurarei no youtube para colocar o link aqui.

Ah, sim. A vitória acabo indo - merecidamente - para Dixon. Vitor Meira ficou em um excelente segundo lugar, depois de largar em oitavo, e Marco Andretti em terceiro. Helinho terminou em quarto, Bernoldi em 15º, Moraes em 18º e Junqueira em 20º. Jaime Câmara acabou saindo, assim como Tony Kanaan.

Para terminar, a cena mais hilária, que ficou por conta de Danica Patrick.

Na saída do último pit stop, Ryan Briscoe se envolveu em uma batida com Patrick. Não importa como - a culpa não foi dela, só para deixar bem claro -, o importante é que eles saíram. Danica, sendo uma pessoa calma, saiu do carro em direção ao pitlane do piloto. Pelos passos, podia-se constatar claramente que ela meteria um soco na cara do outro. Para sorte dele, um segurança surgiu para impedí-la. Visivelmente contrariada, desviou o seu caminho.

domingo, 25 de maio de 2008

Monegasca

O que se pode dizer de Mônaco é: foi um corridaço! A melhor prova do ano até agora!

Fiquei triste por não poder vê-la - apenas ouvi pelo rádio. Chuva e falta de controle de tração. Dúvidas de que seria boa?

Felipe Massa, que largou em primeiro, começou contando com a sorte ao seu lado. Logo de prima, Lewis Hamilton foi para os boxes para trocar o pneu. Depois, Kimi Raikkonen - que havia assumido a segunda posição - foi punido com um drive-through - a Ferrari colocou os pneus do carro com menos de três minutos da volta de aquecimento.

Na Sainte Dévote, Massa perdeu a liderança para Robert Kubica. O que pode ter sido uma sorte no azar, pois, veja bem, se fosse em qualquer outra curva, provavelmente o brasileiro não perderia só o primeiro lugar - algumas partes do carro e a prova em si também voariam para longe.

A Red Bull e a Toro Rosso, filhas da mesma mãe, permaneceram unidas. Primeiro, que ocasionou a saída do safety car, quando Coulthard - quem mais? - bateu e Bourdais o acompanhou - foi a quinta prova que o francês não terminou. Mais pra frente, mais precisamente no final, Mark Webber e Vettel terminaram em quarto e quinto, respectivamente. Aliás, o alemãozinho também não está tendo uma boa temporada. Não é o ano dos Sebastians...

Entre todos os outros causos de Mônaco, o ponto alto foi na relargada da segunda entrada do safety car. 68ª volta, Sutil em quarto lugar - você não leu errado, caro leitor! Eis que vem Kimi Raikkonen e, pow!, bate na traseira de Adrian. Fim de prova para o alemão.

No final, Hamilton, Kubica, Massa, Webber, Vettel, Barrichello - pois é, Rubens terminou em sexto! -, Nakajima e Kovalainen - que largou dos boxes. Raikkonen terminou em nono.

E quanto a Nelson Piquet Jr.? Piquetzinho poderia socar a cara de alguém da Renault. Fazia uma prova boa, provavelmente pontuaria. Até que sua equipe decidiu por pneus de piso seco. Detalhe: a pista estava úmida. Resultado: saiu na Sainte Dévote, viu o muro e abandonou. E, com toda certeza, xingou muito a galera da Renault.

sábado, 24 de maio de 2008

Debutante

Faz exatamente quinze anos - quer dizer, faria fosse esse post escrito há algumas horas atrás - que Ayrton Senna vencia pela última vez em Mônaco. Esse evento talvez passasse meio despercebido, não fosse uma coisa:

Bruno Senna acaba - tá, não é "acaba", já faz mais de doze horas - de ganhar no principado.

Confesso, nunca acompanhei muito a carreira do sobrinho de Ayrton. Acho que, sim, ele chega na fórmula1, se não por mértito próprio, talvez pelo sobrenome - que, convenhámos, influencia tanto positiva quanto negativamente.

Mas para aqueles que já o vêem como um grande campeão da categoria por causa do Senna que carrega, a coincidência de ontem é um bom presságio.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Só eu que achei...

...o Impreza WRC2008 lindo pra caramba? (Veja aqui)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Abaixe a cabeça e aceite

Alguns acontecimentos dos últimos dias me fizeram pensar em quão submissas são as pessoas. Se portam como seres inferiores, seres que não podem fazer nada e, desse modo, realmente não tentam fazer nada. O que é cômodo, na verdade. Afinal, é fácil você alegar que não vai conseguir mudar tal coisa e simplesmente sentar no seu sofá.

Quadro #1:
O primeiro evento deu-se ontem, no blog do Seixas (e quem quiser ler, cá está). A história é sobre uma propaganda da Chevrolet publicada na revista Auto Esporte. O cara - Humberto - questionava ao Conar a veracidade do anúncio, que colocava o Astra como primeiro e segundo lugar em uma prova da Stock. Acontece que, na categoria, só a bolha "representa" o carro. Ou seja: de Astra, ali, só a carceragem. Diante disso, Humberto alegava que tal propaganda era enganosa.

Nos comentários, uma série de pessoas criticando a atitude do cara, alegando que deveriam deixar a empresa fazer o anunciozinho dela, já que investe grana na categoria.

Quadro #2:
Era de manhã, umas dez horas, suponho. Estava na fila das Lojas Americanas. Em mãos, o DVD de "Em Busca da Terra do Nunca", filme que esperava para comprar a séculos e que custava treze reais. Umas quatro pessoas na minha frente. Seis caixas, dois abertos.

Olhei para trás e vi que cada vez mais gente ia chegando. A fila ia crescendo, e crescendo, e os dois caixas abertos, e a lerdeza das atendentes.

Quando chegou minha vez, perguntei onde poderia fazer uma reclamação. Ela quis saber por quê. Em alto e bom som respondi que achava um absurdo uma fila imensa e dois caixas abertos, que era um desrespeito com as pessoas que estavam ali e que, aliás, era prejuízo até para a loja, já que tinha gente que desistia da compra.

Com um sorrisinho que quase me fez dar um murro em sua cara, ela me indicou o balcão de atendimento.

DVD já guardado, fui falar com a mulher. Tudo o que havia falado para a caixa repeti para ela. Alegou que foi por isso que abriram mais um caixa. Retruquei que só fora aberto bem depois, quando a fila já estava bem grande, e que apenas mais um não dava vazão. Ainda adicionei que já ouvira gente falando que ia desistir - o que é verdade - e gente que já havia desistido - o que não era bem verdade, embora não fosse mentira. Ela então me falou que "iam estar contratando" mais pessoas para trabalhar naquele horário, já que muitas faculdade estavam em intervalo. Coisas que, creio eu, a mulher só me falou para calar a minha boca. Que seja, passarei lá de novo para checar.

Quadro #3:
Foi um pouco mais cedo, quando estávamos em aula. A discussão era sobre direitos do consumidor. Surgiu o subtema "propaganda enganosa". O que me remeteu à história de Humberto.

E muita gente falou a mesma coisa que os caras dos comentários do Seixas: pra que vai reclamar? Deixa os caras fazerem as propagandas deles!


Então é assim? Vamos ser coniventes com as coisas erradas porque, afinal, os caras têm grana? Deixem o endinheirado pisar nas nossas cabeças! Abaixe a cabeça e aceite! Leia o seu jornal, a sua revista, e acredite que ele tem a razão absoluta. Não questione, deixa pra lá. Do que vale isso? Do que vale clamar por respeito? Inútil, né?

Se resignar é mais fácil que questionar, diria a minha mãe.

terça-feira, 20 de maio de 2008

O peso da idade

Falo com uma amiga sobre um possível reencontro de uma galera. Amiga dos tempos do CEB, colégio que estudei da segunda à sexta série, a galera também da pequena escola. Dali sairam amizades que, dez anos depois, continuam existindo. Alguns vejo quase todo mês, outros não falo a anos - caso dessa menina com quem falava. Mas quando do reencontro, é como se não nos vissemos a apenas alguns dias.

Pois bem. Quando ela me disse quem estaria lá, pensei: "a galera das antigas".

Sorri e depois escrevi - sim, nos falávamos pelo msn - o pensamento. Na hora ela respondeu: "pensei nisso também".

E agora, reflito: também naquele época não tínhamos msn. Hoje, minha irmã - mais nova - deve saber mexer no programa bem melhor que eu.

Nós. Tão novas e tão velhas.

São Google

No passado 1: por várias vezes Tognolli, professor da faculdade, falou da história do engenheiro Vasconcellos, Abin, Bagdá, sempre culminando na gloriosa interpretação de Eduardo Suplicy constatando que realmente a editora do Bispo não pertencia ao Macedo.

No passado 2: sendo a vida cheia de "se", se eu e Aline não tivéssemos entrado na Fnac naquele dia, eu não teria comprado o CD da Fernanda Takai e ela - a Aline, não a Fernanda - não saberia que eu adoro essa cantora.

Primeira cena: descíamos a Consoloção quando nos deparamos com aquilo. Ali, no meio da calçada, um bicho enorme, gordo, semelhante a um... não, não podia ser. Um porco? Estamos em São Paulo, pelo amor de Deus!

Nos aproximamos um pouco. "É um porco", constatamos. Cheguei perto da mulher que jogava tangerina para ele e limpava a sujeira do chão - por sujeira entenda o cocô do bicho - e, fingindo estar em dúvida, perguntei:

- É um porco? - é claro que era um porco, porra! Tava na cara!
- É. - o mau-humor pairava em cima da moça.
- Pode fazer carinho?
- Pode.

Encostei minha mãe na pela do animal e comecei a acariciá-la. Tive minhas dúvidas se ele sentia. Pele e pêlo muito grossos, casco - é casco que se diz? - limpo, todo rosinha.

Perguntei da onde surgiu a idéia de ter um suíno. Ela foi curta e grossa:

- Eu já tive um monte de cachorro, então decidi ter um porco.

Claro! E eu, que já tive cachorro pra caramba e cuido de oito gatos, agora terei uma lhama, um camelo, um ornitorrinco - se alguém souber onde eu compro, me avise.

Ainda perguntei como ela cuidava do bicho. "É igual a um cachorro". A semelhança é óbvia.

Segunda cena: entramos na "loja do Bispo" pouco depois do encontro com o suíno. O local é indescritível (eu sugiro que vocês dêem uma passada lá: é na rua Dr. Melo Alves, 278). Ali também funciona a editora supracitada e uma galeria.

Andamos um monte de vezes pelo pequeno espaço. Cada vez, achávamos uma coisa mais diferente, mais legal, mais interessante. Foi quando paramos em uma mesa que Aline perguntou: "você não vai lá falar com ela, não?"

Perguntei a quem ela se referia. "A Fernanda Takai!"

Virei-me e lá estava ela, conversando com Pinky Wainer. Uau! Era mesmo a Fernanda Takai, a dona da voz que me encanta desde que eu era criança!

Tinha na loja um globo do Elvis Preley em estilo de caixinha de música. Coloquei a primeira e a vendedora me desafiou a adivinhar que música era. Ouvi e falei: Heartbreak hotel. Certo.

Ela então me entregou outro globo e disse: "esse a gente não faz a mínima idéia de que música é. Será que você consegue descobrir?"

Coloquei o objeto próximo à orelha. Não consegui indentificar o que era. E foi aí que Fernanda entrou.

"Que música? Será que eu consigo descobrir? Olha que eu já falei que o Silvio Santos tinha que me colocar naquele programa 'Qual é a música?'!"

Passei para ela. Dez segundos. "Don't be cruel". Como?

"É! Olha... tã tã tã...tã tã tã..."

Rimos e eu falei: "quantas notas, Fernanda? 'Uma!'"

Na hora em que ela ia dizer tchau pra gente - já havia comprado o que precisava - comentei que passaria a tarde ali, com o globo em mãos para tentar entender. E aí aconteceu algo quase surreal.

Ela botou a bolsa no chão e abriu-a. "Acho que tenho a música no meu Ipod". Tirou o aparelho. "Só não repara que ele é um dos primeiros". Começou a mexer no aparelho, eu ainda segurando o globo, achou o que procurava. "Olha, pega o meu fone. Pode deixar qué é limpinho." Coloquei um lado no ouvido, ela colocou o outro. Então ia me dando as coordenadas. "Tá vendo... é essa parte", e lá ia ela com os tã tã tã.

Dei novamente corda e ouvi. Estava mais lenta e cortada, mas definitivamente era "Don't be Cruel".

Mais umas risadas e ela se despediu dizendo: "se vocês encontrarem o Silvio Santos, falem de mim para ele!"

Lá na loja tinham umas fitinhas do São Google, imitando aquelas do Senhor do Bonfim.

Sinto muito, São Google. Tenho certeza de que quem me deu sorte dessa vez foi o Bispo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Brasileiro com gosto argentino

Sertões etapa do mundial não é novidade nenhuma. Mas me contaram uma coisas esses dias que achei, no mínimo, curiosa.

A prova brasileira agora assume o nome de Sertões 2008 - PLP. Pra quem não se ligou, essa é a sigla de Por Las Pampas, etapa do Mundial que se passava pela Argentina. Acontece que veio o Dakar pra cá e, bom, duas provas internacionais passando pelo mesmíssimo lugar?

Então o Sertões se juntou ao PLP. Marcos Ermírio bateu o pé e se negou a bancar as despesas do mundial. A história chegou no Paulo Scaglione - excelentíssimo presidente da CBA - e acabou sendo feito um acordo em que a Argentina assumiria a parte internacional nos carros. Desse modo, o país vizinho que vai se responsabilizar por dirigentes estrangeiro e tudo mais. Tão entendendo o negócio? O Sertões está nas mãos da Dunas, mas o mundial em si continua com os hermanos. Se a prova der certo, aí sim passa totalmente para Marcos.

Fato que, na verdade, não muda em nada o rally para esse ano. Mas pode mudar algo para 2009.

Quatro vezes Loeb, uma vez Hirvonen

E em Sardenha, deu Loeb novamente. Seis provas, quatro vitórias. Mas é Sebastian Loeb, então não existe muita surpresa nisso.

O que surpreende é que, mesmo com esse número, ele está na segunda posição no campeonato. Hirvonen, de Ford, ocupa a primeira posição. Sem folga, é claro, mas mostra que ganhar um monte de provas não é sinônimo de liderança. O finlandês só subiu uma vez no lugar mais alto do pódio nesse temporada, mas pontuou em todas as corridas - fato que não ocorre com Loeb, que em duas provas não somou um pontinho sequer. Atkinson vem em terceiro, Latvala em quarto e Sordo em quinto.

Ainda faltam nove provas para o fim da temporada. Anotem: a luta pelo campeonato será boa, contando com pelo menos Loeb e Hirvonen; Sordo ganha sua primeira prova; Atkinson e Gigi Galli surpreendem; Solberg volta a lutar por pontos - há três provas ele não pontua.

Constatação: depois de conquistar o primeiro lugar na Suécia e quebrar o recorde de Henri Toivonen, Latvala caiu de rendimento. Reerga-se, Jari-Matti!

domingo, 18 de maio de 2008

E da Matta voltou

Aquele mocinho que, há quase dois anos atrás, atropelou um cervo em um teste em Elkhart Lake, voltou hoje às pistas.

A corrida em Laguna Seca, válida pela GrandAm, viu Cristiano da Matta liderar a prova, abrir vantagem para os adversários e sair com mal-estar. O mineiro acredita que a indisposição estomacal tenha acontecido porque almoçou muito em cima da competição. "Acho que almocei muito em cima da hora da corrida, e aquele sistema de refrigeração interno do macacão, aquela água gelada, aquilo causou uma reação estranha. Mas quem pode falar isto são os médicos", disse da Matta, segundo o site Grande Prêmio.

Mesmo com o abandono, creio que foi um grande marco. Depois de tudo o que aconteceu, entrar em um carro de competição novamente e liderar a corrida é uma grande vitória, com certeza!

Valeu, Cristiano!

(Infelizmente não pude assistir à prova. Minha tevê tem o canal de Golf, mas o Speed Channel, neca...)

Carta a um semi-desconhecido

Caro,

Dizia William Shakespeare que " atiramos o passado ao abismo, mas não nos inclinamos para ver se está bem morto". O que pode ser um conceito muito verdadeiro, principalmente se observarmos que eu nem cheguei a empurrá-lo. O passado, eu digo.

Hoje eu te vi. Creio que não tenha me visto, mas sei que um de seus amigos notou a minha presença. Tinha mais gente ali que eu conhecia, mas não me animei em ir falar oi. Acho que não dava, sabe? Devia fazer um ano que não via aquele povo, que não via você, mas não me senti confortável para me aproximar. Creio que agora não dá mais para fingir que são meus e seus.

Não que eu não tenha tentado. Podia ter ficado tudo bem. Foi você quem não quis que ficasse assim, você que decidiu que cada um ia para o seu lado e pronto. Eu tentei, juro que tentei. Mas na situação em que estava, não tinha muito o que fazer.

Sabe, é um decepção quando você acha que conhece uma pessoa e, de repente, puf!, ela mostra um lado que você realmente não queria ver. Não que ache que aquele seu lado que conheci não exista mais, mas a sua frieza me deixou meio embasbacada.

Sei que, se algum dia você ler isso daqui, saberá exatamente para quem é a mensagem. E quem sabe, nesse dia, você não possa dar uma explicação melhor de tudo o que aconteceu, né não?

Ass: Eu

sábado, 17 de maio de 2008

Ufs!

Um dia inteiro em companhia de Foucault, Bachelard e do grupo Abril.

Ai, ai...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Acho que na Alemanha não tem isso...

Angela Merkel chegou a Cumbica às 17h15, segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha. A viagem até o Palácio dos Bandeirantes durou duas horas, mesmo com batedores abrindo caminho. Merkel ficou bastante surpresa.

Minha senhora, bem vinda a São Paulo.

Enquanto isso, lá fora...

A notícia é antiga - terça, se não me engano - e creio que vocês já devem saber. Mas vamos lá.

Saiu o roteiro do "Dakar". A prova larga e chega em Buenos Aires, 9000 quilômetros. A caravana sai da capital argentina no dia 3, seguindo para a Patagônia. Atravessa a Cordilheira, chega em Valparaíso, Chile e descansa - de vez em quando é preciso, né? Aí já vão sete dias de prova. Depois, entra no Atacama, chega novamente à Argentina e vai por Catamarca, Rioja e Córdoba.

Sempre fui meio pessimista a respeito dessa prova, mas não por causa do lugar nem nada. Só - como eu falei um monte de vezes - acho que o Dakar é na África e ponto final. A prova por aqui deve ser foda, os brasileiros têm mais chances de participar - sem comparação o custo -, mas não é Dakar. (As aspas que coloquei lá em cima foram só uma maneira de deixar claro esse meu lado. Nada depreciativo, ok?)

E lá em Sardenha?

Bom, em Sardenha, Loeb voltou à sua boa sorte, terminando o primeiro dia no topo. Em segundo, seu companheiro de equipe Dani Sordo, seguido por Petter Solberg. Lá na quarta posição, o líder do campeonato Mikko Hironen. Atkinson vem fugindo de Gigi Galli. Sétimo, Jari-Matti Latvala, que perdeu noventa segundos na SS2. Oitava, Henning Solberg.

Rapidinha do Sertões

Foram divulgadas as duplas que representarão a Volks no Sertões. São elas: Giniel de Villiers/Dirk von Zitzewitz e Mark Miller/Ralph Pitchford.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quanto vale um artista famoso?

All Star nos pés, calça jeans no corpo. Assim eu jogava bola com alguns integrantes do Nação Zumbi, Falamansa e Aditive. Não era nenhum jogão válido pela Copa do Mundo. Na real, não era nem um jogo; tocávamos bola um para o outro, enquanto eles se aqueciam para entrar em campo. Que também não era nenhum estádio da Copa. De trilha sonora, os gritos do público: "Que mancada!" "Te odeio!"

A história toda não começa aí. Foi na terça a noite que a Tati, colega da faculdade, ligou para o meu celular. Mais exatamente, dez e meia. "Vamos no Rockgol amanhã?" Sendo uma telespectadora assídua da MTV, logo perguntei: " Do que se trata?" Ela explicou-me e eu fiquei em cima do muro. Que diabos eu ia fazer em um lugar em que eu não conhecia metade dos cantores? Aliás, metade é apelido! Para se ter uma idéia do meu ótimo repertório, Jurava que "Razões e emoções" e "Pela última vez" (NX Zero, caso você saiba tanto quanto eu) eram a mesma música. Ainda defendo que, se você colocar uma em cima da outra, elas casam certinho. Mas isso é outra história.

Importa que eu aceitei. O tal do Hóspede colocaria nosso nome na lista.

Já no ginásio do Ibirapuera - já tinha passado uma manhã inteira, faculdade, etc. - todo mundo nos jogava de lá para cá. Ou seja, ninguém sabia para onde deveríamos ir. A única solução? Liga pro Hóspede, claro! "Dá quinze minutos e eu resolvo".

Resolvido, entramos nos bastidores do programa. (Aliás, antes que eu me esqueça: Tati também estava chutando a bola coma gente.)

Foi em certo momento que decidi chegar perto do público que se amontoava por ali. Decidi, não. Estava de papo com alguém quando me chamaram. Ainda olhei para os lados, crente que o tal do Di - aquele que canta "espero que saibaaaaaaaaa" - estava por ali. Nada. Eles estavam me chamando, mesmo.

Foi chegar ali perto e me sentir no inferno. Começaram os gritos, celulares e cadernos esticados em minha direção. Serei eu uma celebridade? Correria direto para a banca, pronta para achar minha foto na capa da Caras. Não. Eles queriam fotos, autógrafos, o fio do cabelo da galera. "Pede autógrafo pro Danillo?" Quem? Perguntava quem era o indíviduo com uma certa vergonha. Eu estava ali, acesso fácil a toda aquele povo e não sabia porra nenhuma de ninguém. Tá legal. Eu sabia que Supla cantava charada brasileiro e Vinny mandava mexer a cadeira. Mas aquele pessoal sabia de cor as músicas de Fresno, NX Zero, For Fun e o escambau! E se você for fã da primeira banda citada, ficará chocado com as próximas palavras: eu fui lá abraçar o Tavares porque ele é um puta goleiro. Ainda troquei umas palavrinhas sobre futebol - ele torce para o Inter -, tentando convencê-lo que ele era quase um Rogério Ceni. Nem sei se canta, toca guitarra, bateria ou triângulo. Mas na hora de defender o gol, não tem pra ninguém.

E enquanto eu estava lá, celebridade momentânea, imaginava o que levava aquele povo a fazer isso. Um oferecia-me o bilhete único com cem reais de crédito em troca da minha credencial. Outro - ou seria o mesmo? - me entregou o celular para que eu tirasse fotos de Di, Fi, Ge, Ca, Ma, Bu e outras sílabas!

Duas coisas me fizeram responder àquelas pessoas de maneira brusca: primeiro, os gritos de eu te amo. Logo falei: "você nem me conhece, como sabe que me ama?" Depois, a menina pedindo o meu msn. "Pra quê?" "Ah, sei lá", foi a resposta que eu ouvi.

Quando já havia corrido atrás de todos aqueles artistas que mal conheço - não sem antes ter cruzado com Supla, uniforme na mão e vestindo um paletó, dado um abraço e perguntado como foi o jogo. "Ganhamos, claro" - cheguei à conclusão que não dava mais. Alguém pode até me chamar de egoísta, mas poxa! Tem limite, né?! Eu não estava lá para ficar atrás de um cantorzinho metido que faz meia dúzia de meninas desmaiar. Além do mais, ficava pensando naquele pessoal mostrando o pedaço de papel com uma assinatura ilegível e falando "Olha, é o autógrafo do Di!" Para mim, era completamente sem sentido.

Então, enquanto jogava bola com Nação Zumbi, Falamansa e Aditive,tinha certeza de que os gritos eram pra mim. Cheguei a comentar isso com o Nasi. "Como vocês agüentam?" "Você se acostuma, né?"

Não sei, Nasi.

(atualizado 16/05, 19:29 - só para vocês verem como estou por dentro das bandas hardcore, escrevi que uma das músicas do NX Zero é "Só penso em você", quando seria "Pela última vez". Sem comentários essa...)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Genoíno, Genoíno...

Foi meu segundo encontro com José Genoíno no ano. O primeiro se deu quando eu entrava na sala de cinema e ele, saía. Foi lá para janeiro.

Qual não foi meu espanto quando, hoje, onze horas da manhã, cruzei novamente com o deputado? Dessa vez, veja só!, foi no Shopping Eldorado. Como minha aula acabou mais cedo, fui trocar uma calça que, recém comprada, perdeu um dos botõezinhos do bolso. Ele estava lá, sacolinha em punhos, com jeito de quem estava meio perdido. Camisa branca, calça jeans.

Fico imaginando o que faria o senhor Genoíno, em plena segunda-feira, em um Shopping Center de São Paulo.

"festa estranha com gente esquisita..."

Quando sai os resultados dos vestibulares, um enxame de bixos invade as ruas para pedir o famoso "pedágio". Não muito longe estão os veteranos, só esperando pelo dinheiro arrecadado no sinal. Mas foi agora, começo do mês de maio, que vi uma cena bastante curiosa.

Ia para o metrô quando vi três meninas - dou dezesseis anos, no máximo - indo de carro em carro quando o sinal estava fechado. Fiquei prestando atenção. Cada vez que os veículos voltavam a andar, elas se juntavam felizes da vida, algumas moedinhas em mãos. Em um desses momentos, atravessei a rua para conversar com uma delas.

A guria me explicou que não era nenhum tipo de pedágio, elas estavam arrecadando grana para a festa de formatura. Ahn? Rifas saíram de moda, pelo que vejo - não cheguei a falar isso, apenas depois esse pensamento passou pela minha cabeça.

O sinal fechou, lá foram elas e novo. Antes de entrar no metrô, ainda pude vê-las entregando o dinheiro para alguns garotos, aparentemente da mesma escola. Tais quais os bixos entregando o dinheiro do "pedágio" aos veterenos.

domingo, 11 de maio de 2008

Gatos pingados

Sentada no sofá, Elvis cantando a música maaaaaais dramática que já vi na minha vida (saca essa: o cara nasce, a mãe morre, o pai desaparece, a esposa vai embora e, pra terminar, "she took my small baby boy"). E algum tempo sem postar algo descente aqui, eu sei.

Fui na GT3. A arquibancada, vazia. Até doía o coração. meia dúzia de gatos pingados curtindo aqueles carrões na pista. De quem seria a culpa? Divulgação, tinha divulgação? Na estação Autódromo, nada. Na F3, pior ainda. Quase ninguém para ver a vitória de Pedro Nunes - agora Pedro Enrique. Isso por que o ingresso era um quilo de alimento (válido pelos dois dias, se não me engano)!

Mas foram duas provas legais. Começando pelo fato de eu ter voltado ao autódromo depois de uns dois anos.Depois, pela companhia antes, durante e depois da F3 (aliás, tenho que agradecer à galera da sala de imprensa por acolher esse projeto de jornalista - especialmente ao Betto!)

Foi já a noite, as corridas já findadas e o frio atacando com força total, que vi a cena mais, digamos, curiosa: dois filhotes de gato brincavam no telhados dos boxes. E pulavam, e se jogavam, e corriam, e se escondiam. Era meio que um contraste, algo quase que poético: enquanto a galera arrumava as coisas lá embaixo e o povo trabalhava lá em cima (digo, na sala de imprensa), os dois pequenos brincavam despreocupadamente entre as telhas.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cacetada!

E Danica Patrick atropelou um mecânico durante os treinos livres para as 500 milhas.

Já vi que vi que alguém falaria um monte no meu ouvindo na quinta-feira. Pois não é que eu vou ficar doente exatamente nesse dia? Que coisa...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pitaco para refletir

Enquanto todos estão discutindo sobre o fim da Super Aguri e a possível substituição de Barrichello por Takuma Sato, o Pitacos apenas sugere que vocês façam uma reflexão: quem é o pobre mecânico que foi fotografado em uma pose tão... infeliz?

(Foto retirada do Tazio)

Desocupados ao quadrado

- A galera desocupada aparece em peso no prédio. É justiceiro no telhado, justiceiro na janela, justiceiro gritando justiça. Daqui a alguns anos, falarão para os netos, filhos ou seja lá quem for: veja só, eu estava no frio, na chuva gritando. Estava exercendo meu dever de desocupado que quer aparecer na tevê.

- Eu não queria ser moradora daquele prédio. Polícia nas portas, um monte de gente lá em baixo, eu trancada sem poder sair ou do lado de fora sem poder entrar. No primeiro caso, jogaria um ovo nos desocupados lá debaixo. No segundo... cara, eu sei lá o que eu faria se não pudesse entrar no meu próprio prédio!

- A Record está passando as mesmas cenas e as mesmas informações de novo e de novo. Na programação consta que Pica-Pau estaria nesse horário. Um clássico substituído pelo sensacionalismo da mídia.

- Voltem para casa e coloquem suas crianças para fazerem algo de útil, seus justiceiros de araque! (que não seja assistir Pica-Pau, óbvio...)

terça-feira, 6 de maio de 2008

O quarto Noitão - special edition

Antes tarde do que nunca, diria o velho dito popular. E mesmo que a Vrada Cultural já tenha acontecido a umas duas semanas, ainda ão falei sobre o Noitão.

Eram seis e pouco quando nos encontramos no parque Ibirapuera, prontos para o passeio com lanternas. Passeio que só foi legal por causa da companhia, por que o parque fica com as luzes acesas, o que tornava as lanternas inúteis. Andávamos com aquele negócio na mão como se estivéssemos iluminando algo, e em certa hora, o "guia" mandou que todo mundo desligasse sua fonte de luz para vermos melhor as estrelas, sem nem se tocar que os holofortes em volta da praça é que atrapalhavam a vista para o céu. Mas nos divertimos, isso que importa.

Saímos de lá e partimos para a Paulista, não sem antes pagarmos mico - e nessa parte me refiro apenas a mim, Letícia e Lívia - de gritar no meio da rua por causa de uma barata.

Já na Paulista, descobrimos que sessão começava a meia-noite. Desse modo, tinhámos duas horas para escolhermos local de jantar e filmes a assistir.

O esquema era diferente: iria até às oito da noite, teríamos a opção de seis filmes e, entre uma sessão e outra, alguma coisa era servida. O tema era gastronomia. Nem isso nos intimidou. Ingresso comprado, fomos direto para O Pedaço da Pizza - lotaaaaaaado.

De volta ao HSBC, começamos o Noitão por "O Jantar", filme italiano que narra uma noite em um restaurante, com todas as histórias que nele acontecem. Bastante divertido.

Primeiro prato: macarrão. Há boatos de que o pene integral com molho branco estava meio ruim (ema, ema ema). Optei pelo macarrão com água-vermelha-com-aroma-de-molho-de-tomate.

Momento Merchan: o macarrão da Petty Bon é realmente gostoso.

Pratos comidos, voltamos à sala. Os filmes que escolhemos nos permitiram ficar o tempo todo no mesmo andar. Na verdade, se não comessemos nada, simplesmente ficaríamos dentro da sala, enquanto os outros se degladiavam em busca de comida lá fora. Mas o principal atrativo desse Noitão era a comida, poxa!

O brasileiro "Depois daquele baile" foi a segunda escolha. Lima Duarte e Marcos Caruso estavam fantásticos, nem precisa falar. Agora, a interpretação de Irene Ravache deixou a desejar. Muito forçada.

Pausa, sobremesa. Bolos, pudins. Tudo bem gostoso. Aliás, não mencionei quão chique estava aquele lugar. Vinho, garçons, mesas arrumadas e tudo isso por um preço menor que o normal!

Terceiro tempo, um racha no grupo. Uma galera foi assistir Comer, Beber ou alguma coisa assim e eu, Renato e D.Eni - mãe da Lívia e Letícia - fomos ver o melhor filme da noite.

Mais Estranho que a Ficção tem um enredo muito bom, cenas ótimas e um final logicamente ilógico.

De manhã, pães e café para agüentar até o GP.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Improdutividade

Mais improdutivo do que ficar em frente à televisão durante toda a tarde é você ter um monte de trabalho pra fazer, ter idéias a mil para todos, começar a fazer reflexões sobre o orkut que passam por Guy Debord e Foucault e terminar o dia em frente ao computador, já pensando em jogar WAR e ouvindo pela segunda vez o CD da Fernanda Takai. E nenhuma linha escrita.

Poucas palavras fodásticas

De tudo que ouvi até agora sobre Erechim, as palavras de Rodrigo Scha para mim agora a pouco resumiram tudo:

"Foi show... padrão mundial"

Usando meu discurso pronto, ano que vem estou lá!

domingo, 4 de maio de 2008

Erechim e o ciclone

Lá no Rio Grande do Sul, Gramado e Erechim debaixo de chuva; na China, Lorenzo quebrou o tornozelo e chegou em quarto; em Brasília, Ricardo Maurício venceu de ponta a ponta, seguido por Marcos Gomes e Rodrigo Sperafico.

Antes que me perguntem, eu não acompanhei o Rally ed Erechim. Viajei, e no lugar onde eu estava não tinha internet. Só fiquei sabendo do ciclone.

Tinha coisa que só acontecia em outros países. Até falávamos que, apesar de todas as mazelas, preferíamos viver no Brasil, que não tinha terremoto nem furacão. Cá estamos, com mais de 22 mil pessoas desabrigadas no rio Grande do Sul e , até agora, pelo menos 150 mil estão sem luz - antes eram 247.

Em cima disso, falar que o Super Prime de Erechim foi cancelado por causa da chuva é um nada. E apesar da região Nordeste do estado ter sido mais atacada, no Noroeste o mundo também caiu.

Nesse quadro de lama, chuva e frio, a cidade pôde comemorar com um conterrâneo no pódio: ao lado de Sidinei Broering, Bernardo Koller ganhou na N2. Dobradinha da Chevrolet, com Ulysses e Armando em segundo. Na N4, os paraguaios Victor Galeano e Diego Fabiani, seguidos por Scheer e Gilson Rocha. Na 2N, Barros Neto/Granella e Mocelin/Giacomel. A6, Valandros seguidos pelos Menezes. E na N3, Tedesco/Raphael e Eduardos Cunha e Soneca.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Vinte e dois

A morte de Henri Toivonen, ocorrida no sétimo quilômetro da décima oitava especial da Tours de Corse, foi determinante para o fim do Grupo B. Algumas horas depois da morte do finlandês, Jean-Marie Balestre, então presidente da FISA (atual FIA), decretou a extinção da categoria, bem como o cancelamento da criação do Grupo S - cujos conceitos são usados desde 1997 no WRC.

Em 1982, uma nova categoria era lançada. As restrições tecnológicas eram poucas e para homologar um carro era preciso produzir apenas 200 veículos por ano - a categoria anterior requeria 500 unidades/ano. Também não existia um limite de potência, e alguns carros chegavam a 500 cv - Delta S4, veículo que Toivonen pilotava na Volta de Córsega.

De 1982 a 1986, Walter Röhrl, Hannu Mikkola, Stig Blomqvist, Timo Salonen e Juha Kankkunen foram os campeões. Além deles, personalidades como Ari Vatanen e Michèle Mouton também estavam presentes no Grupo B. Alguns carros, como o Peugeot 205 T16, Audi Quattro e Delta S4, são lembrados até hoje. O Quattro foi o primeiro carro a usar tração 4X4 integral.

A Tours de Corse começou no dia primeiro de maio, e Toivonen ganhava especial atrás de especial. Caminhava fácil para a vitória. É irônico que, depois do primeiro dia, ele fez o seguinte comentário: "Esse rally é insano (...). Se tiver algum problema, eu estou morto". Na verdade, ninguém nunca desvendou a morte do finlandês. Sabe-se que ele tomava remédio para a gripe, mas não havia nenhuma testemunha no local e o carro pegou fogo assim que bateu. Antes disso, pessoas chegaram a falar que Henri era o único que podia controlar a pontência do Delta S4. Para ter noção da força do carro, se tivesse feito a volta de classificação do GP de Estoril daquele ano, largaria na sexta posição, a dois segundos do pole postion - Ayrton Senna.

Hoje se vão vinte dois anos da morte de um piloto que, se vivo, provavelmente teria se tornado um dos maiores competidores de rally de todos os tempos. Junto de Henri Toivonen morreu também a categoria mais marcante do rally mundial.